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(10/Set) | Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Prefeitura Municipal de Pelotas - RS - msconcursos - 2011 | ||
31. A Primeira Filosofia, o primeiro saber, do ser pessoa humana, é saber (pensar) que é (=ser), que existe, que pode agir (=actus Essendi: conscientizar-se); por isso, a pessoa humana pode conhecer aquilo que se pode chamar de realidade. Mas é preciso ser para pensar. Para Parmênides, como também para Edith Stein, só o ser pensa o ser, só o ser conhece o ser (=realidade). Isso é o primeiro saber, ou seja, o princípio fundamental do saber do intelligere. E este primeiro saber fundamental, do qual derivam todos os outros saberes, chamamos de:
a) Metafísica. b) Fenomenologia. c) Ética. d) Lógica. 32. Assinale a alternativa que apresenta o seguinte conceito: "... é o movimento pelo qual o pensamento, examinando o que é pensado por ele, voltase para si mesmo como fonte desse pensado. É o pensamento interrogando-se a si mesmo. É a concentração mental em que o pensamento voltase para si próprio para examinar, compreender e avaliar suas ideias, suas vontades, desejos e sentimentos" . a) Metafísica. b) Fenomenologia. c) Reflexão. d) Reflexão Filosófica. 33. Além de possuir data e local de nascimento e de possuir seu primeiro autor, a filosofia possui um conteúdo preciso ao nascer. A filosofia nasce como: a) Metafísica. b) Fenomenologia. c) Teogonia. d) Cosmologia. 34. O interesse pela consciência reflexiva ou pelo sujeito do conhecimento deu surgimento a uma corrente filosófica conhecida como fenomenologia. Relacione os filósofos aos conceitos fenomenológicos e marque a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: I - Hegel. II - Husserl. III - Heidegger. ( ) A fenomenologia é o "caminho" (método) que tem por "meta" a constituição da ciência da essência do conhecimento ou doutrina universal das essências. ( ) A fenomenologia é o estudo do desenvolvimento dialético do Espírito por estágios na história. ( ) A fenomenologia é um estudo filosófico baseado no estudo reflexivo e descritivo da consciência. ( ) A fenomenologia transformase em existencialismo, substitui a análise da consciência por uma análise da existência, é um modo de estar no mundo, saber estar, saber fazer. a) III, III, II, I. b) I, II, III, III. c) II, I, II, III. d) III, II, II, I. 35. Leia o texto de Carlos Heitor Cony. O diabo e a política Sempre que leio os jornais, lembro de uma historinha que nem sei mais quem me contou. Naquela aldeia todos roubavam todos, matava-se, fornicava-se, jurava-se em falso, todos caluniavam todos. Horrorizado com os baixos costumes, o frade da aldeia resolveu dar o fora, pegou as sandálias, o bordão e se mandou. Pouco adiante, já fora dos muros da aldeia, encontrou o Diabo encostado numa árvore, chapéu de palha cobrindo os seus chifres. Tomava água de coco por um canudinho, na mais completa sombra e água fresca desde que se revoltara contra o Senhor, no início dos tempos. O frade ficou admirado e interpelou o Diabo: - O que está fazendo aí nesta boa vida? Eu sempre pensei que você estaria lá na aldeia, infernizando a vida dos outros. Tudo de ruim que anda por lá era obra sua - assim eu pensava até agora. Vejo que estava enganado. Você não quer nada com o trabalho. Além de Diabo, você é vagabundo! Sem pressa, acabando de tomar o seu coco pelo canudinho, o Diabo olhou para o frade com pena: - Para quê? Trabalho desde o início dos tempos para desgraçar os homens e confesso que ando cansado. Mas não tinha outro jeito. Obrigação é obrigação, sempre procurei dar conta do recado. Mas agora, lá na aldeia, o pessoal resolveu se politizar. É partido pra lá, partido pra cá, todos têm razão, denúncias, inquéritos, invocam a ética, a transparência, é um pega-pra-capar generalizado, eu estava sobrando, não precisavam mais de mim para serem o que são, viverem no inferno em que vivem. Jogou o coco fora e botou o charuto na boca. Não precisou de fósforo, bastou dar uma baforada e de suas entranhas saiu fogo que acendeu o charuto: - Tem sido assim em todas as aldeias. Quando entra a política eu dou o fora, não precisam mais de mim. (http://olharesdestellinha.blogspot.com/2010/09odiaboepolitica.html) " ... lá na aldeia, o pessoal resolveu se politizar". Neste contexto, podemos afirmar que a seguinte proposição "É evidente que a cidade faz parte das coisas naturais, e que o homem é por natureza um animal político" , pertence a: a) Sócrates. b) Platão. c) Aristóteles. d) Maquiavel. 36. A cultura clássica elabora uma imagem do homem na qual são postos em relevo dois traços fundamentais: o homem como animal que fala e discorre (zôom logikón) e o homem como animal político (zôom politikón). Estes dois traços estão em estreita relação, pois só enquanto dotado do logos o homem é capaz de entrar em relação consensual com seu semelhante e instituir a comunidade política. E a vida política, vida humana por excelência, segundo a concepção clássica, se exerce pela livre submissão ao logos codificado em leis justas. Por outro lado, essas duas características fundamentais do homem se manifestam em atividades dotadas de finalidades específicas, a atividade da contemplação (theoria) e a atividade do agir moral e político (praxis). Os politikos são homens livres e iguais, portadores de dois direitos inquestionáveis: a isonomia e a isegoria. Analise as proposições a seguir. I - Isonomia é compreendida como a igualdade perante a lei. II - Isegoria é compreendida como o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar. III - Isonomia é compreendida como o direito de expor e discutir em público opiniões sobre ações que a Cidade deve ou não deve realizar. IV - Isegoria é compreendida como a igualdade perante a lei. V - Isonomia é a tradução latina de polis. Sobre as proposições acima é CORRETO afirmar que: a) Apenas I e III estão corretas. b) Apenas I, III e V estão corretas. c) Apenas I, II e V estão corretas. d) Apenas I e II estão corretas. 37. Na mais antiga Grécia, os filósofos fundam seu pensamento na pergunta pelo "ser" das coisas. Buscam sua verdadeira realidade, sua autêntica natureza, pois, muitas vezes, as aparências enganam. Esta busca do "ser ele mesmo" desemboca logo na pergunta pela verdadeira "virtude" (Arete) e a verdadeira noção do "bem" . Isso faz com que cheguem a estabelecer o ideal do "ser melhor" (aristós), podendo, assim, prestar o melhor serviço à comunidade constituem-se nas bases para as primeiras teorias éticas. Relacione as colunas, seguindo a teoria ética ao seu filósofo e assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA. I - Sócrates. II - Platão. III - Aristóteles. IV - Agostinho de Tagaste. ( ) Concorda com os grandes filósofos gregos de que moral tem como função ajudar os seres humanos a atingir a vida feliz, sendo a chave da felicidade humana. ( ) A ética é uma ciência e pode ser ensinada e que a consciência, uma vez esclarecida, conduz a vontade ao Bem; este não é senão o conjunto de proposições fruto do acordo entre o indivíduo consigo mesmo e com os outros. ( ) A vida moral é um caminho de realização, de felicidade; esta nos aponta para os critérios racionais que nos reenviam para os comportamentos, as virtudes, enfim para o caráter moral adequado à felicidade, à autorrealização. ( ) É o primeiro exemplo de um pensamento que funda a ética no Transcendente. a) IV, III, II, I. b) IV, I, III, II. c) IV, II, III, I. d) IV, I, II, III. 38. Para Aristóteles ,"O homem ético é aquele que consegue ou que possui a justa medida daquilo que deve realizar. Portanto, não pecará nem por excesso, nem por falta". A vida moral é um caminho de realização, de felicidade. Essa ética é chamada também de: a) Eudemonista. b) Homoiósos. c) Andréia. d) Gnose. 39. Por virtudes dianoéticas entendem-se as capacidades de conhecimento possíveis à alma racional. Seriam as virtudes do pensamento, da racionalização, ao passo que as virtudes éticas seriam as virtudes da ação, do controle. Para Aristóteles, a principal virtude dianoética intelectual é a frónesis. A palavra grifada correponde a: a) Arte. b) Coragem. c) Prudência. d) Veracidade. 40. Segundo Alfred N. Whitehead, o desenvolvimento da filosofia moderna avança à medida que desdobra às temáticas subjacentes à res cogitans e à res extensa. Ao anunciar a "coisa pensante" e "tudo que é extenso e divisível" o autor confirma que a história da filosofia moderna avança pelo pensamento de: a) Immanuel Kant. b) Sócrates. c) David Hume. d) René Descartes. GABARITO: 31 A 32 D 33 D 34 C 35 A 36 D 37 B 38 A 39 C 40 D |
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