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(24/Jan) | Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Município de Lucas do Rio Verde - MT - MSCONCURSOS - 2011 | ||
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
21. Dentre as teorias contemporâneas de aprendizagem, destaca-se a que implica em estudar cientificamente a aprendizagem como um produto resultante do ambiente, das pessoas ou de fatores externos a elas. Preocupa-se em como as pessoas lidam com estímulos ambientais, organizam dados, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos. Esse pressuposto refere-se à teoria: a) Associacionista. b) Comportamentalista. c) Cognitivista. d) Humanista. 22. Na teoria sociointeracionista, a criança aprende e se desenvolve a partir do contato com o meio em que vive e com as pessoas de seu convívio. Para Vigotsky, o funcionamento psicológico estrutura-se a partir das relações sociais estabelecidas entre a criança e o mundo exterior. Nesta perspectiva, o papel do professor é: a) Ser o responsável pela realização das atividades educativas em grupo que estimulem a uniformidade. b) Ser mediador das relações sociais, na qual a linguagem ocupa papel central no desenvolvimento da criança. c) Aplicar o currículo e desenvolver técnicas e estratégias de comunicação com intencionalidade educativa. d) Preocupar-se em ensinar as normas de comportamentos preestabelecidos socialmente. 23. A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, em seu Artigo 24, inciso V, estabelece que a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) Avaliação contínua com obrigatoriedade de recuperação. b) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno. c) Avaliação cumulativa prevalecendo os aspectos quantitativos dos resultados ao longo do período letivo. d) Avaliação cumulativa com possibilidade de avanço nos cursos e nas séries. 24. Dentre as práticas pedagógicas encontra-se a avaliação do processo ensino e aprendizagem. De acordo com Bloom (1993), há três tipos de avaliação: diagnóstica, formativa e somativa. Assinale a afirmativa CORRETA: a) A avaliação somativa tem como função replanejar os conteúdos de ensino. b) A avaliação diagnóstica aplica-se especificamente no início do ano letivo. c) A avaliaçaõ somativa permite aperfeiçoar as aprendizagens em curso sem a preocupação de classificar. d) A avaliação formativa tem função controladora, orientadora e motivadora. 25. De acordo com Libâneo, o planejamento é um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto escolar. Para que os planos sejam efetivamente instrumentos para a ação, devem ser como um guia de orientação e devem: a) Apresentar ordem sequencial, objetividade, coerência e flexibilidade. b) Apresentar objetividade, ordem sequencial e avaliação. c) Assegurar a elaboração e transmissão dos conteúdos. d) Prever objetivos e conteúdos independentes das condições socioculturais dos alunos. 26. Como afirma Libâneo (1994, p. 225), "O planejamento não assegura, por si só, o andamento do processo de ensino". O importante é que o planejamento sirva para o professor e para os alunos, que ele seja útil e funcional a quem se destina objetivamente, através de uma ação consciente, responsável e libertadora. Os elementos fundamentais para a elaboração do plano de aula são: a) Objetivos, conteúdos, exequibilidade e avaliação. b) Objetivos, conteúdos, intencionalidade e avaliação. c) Objetivos, conteúdos, estratégias e avaliação. d) Objetivos, atividades, recursos e avaliação. 27. Assenta-se nos princípios da Pedagogia Progressista mais valor à relação professor/aluno, na qual "educador e educandos são sujeitos do ato de conhecimento, eliminando-se toda atitude de autoritarismo". De acordo com essa concepção, ao professor cabe: a) Administrar as condições de transmissão dos conteúdos e mediar os conflitos de relacionamentos entre os alunos. b) Selecionar, organizar os conteúdos e os métodos de aprendizagem, participação e memorização. c) Propor conteúdos e métodos compatíveis com as experiências dos alunos, mobilizando-os para uma participação ativa. d) Ser apenas um elo entre o conhecimento e o aluno, mediando os problemas de relacionamento que interferem no processo de ensino e aprendizagem. 28. A avaliação escolar desenvolve-se nos diferentes momentos do processo ensino e aprendizagem. Na perspectiva de uma avaliação mediadora, as práticas avaliativas: a) Fundamentam-se em dados quantitativos a partir das respostas apresentadas pelos alunos nas atividades propostas. b) Baseiam-se em formas padronizadas de instrumentos avaliativos como: tarefas, exercícios, provas e testes. c) Devem ser parciais tendo em vista a capacidade de memorização dos alunos. d) Exigem a observação individual de cada aluno, atenta ao seu momento no processo de construção do conhecimento. 29. Saviani (2005), seguindo a lógica da teoria dialética de elaboração do conhecimento científico, explicita o movimento do pensamento em três grandes momentos: ao momento de afirmação, ou seja, o momento de explicitar a visão de conjunto do todo; o momento de mediação, de negação da visão inicial e o momento em que se estabelece uma nova totalidade, concreta, caracterizada por novas relações e determinações. Esses momentos denominam-se, respectivamente: a) Síncrese, análise e síntese. b) Análise, intervenção e síntese. c) Análise, mediação e síntese. d) Teorização, análise e síntese. 30. "[...] o professor com autoridade é também aquele que deixa transparecer as razões pelas quais a exerce: não por prazer, não por capricho, nem mesmo por interesses pessoais, mas por um compromisso genuíno com o processo pedagógico, ou seja, com a construção de sujeitos que, conhecendo a realidade, disponha-se a modificá-la em consonância com um projeto comum". (Vasconcellos, 1995, p. 44). Nesse sentido, a educação escolar por meio da autoridade e da disciplina deve: a) Apostar na liberdade e permissividade dos alunos. b) Despertar no aluno o senso de cidadania, de igualdade, de justiça, de direitos e deveres. c) Estabelecer um conjunto de regras e valores que delimitam a liberdade. d) Ter como base de poder disciplinar o currículo, elemento fundamental na organização pedagógica. 31. A ética ativa em nós a capacidade de pensar; ela nos leva a agir; tem a potencialidade de religar-nos aos outros; desdobra-se em diálogo; requer compromisso. Por outro lado, ela é vivida subjetivamente, pois cada pessoa busca garantir o espaço que lhe é próprio; por outro lado, leva-nos a descentrar-nos e desenvolver o altruísmo (AGOSTINI, Nilo - p.10, 2010). Entende-se por "altruísmo": a) A disposição que inclina o ser humano a se dedicar aos outros. b) A intervenção divina ou sobrenatural sobre as ações humanas. c) A disposição para o egocentrismo. d) A negação do apego, da veneração e da bondade humana. 32. As leituras na linha da pós-modernidade captam, por sua vez, o fracasso dos sistemas unitários e totalizantes dos grandes relatos ideológicos e passam a valorizar a diferença, o pluralismo, a relativização, a desconstrução, o dissenso e o diferindo. Colocam em cena e dão cidadania aos muitos estilos díspares, ao próprio de cada linguagem e formas de vida, à fruição instantânea. É como "dançar nos abismos" (Nietzsche). A afirmação da proposição em destaque, segundo Nilo Agostini, p. 15, 2010, significa: a) Dançar diante da libertação ética e estética de novas possibilidades. b) Que o projeto moderno não foi concluído e, além disso, contém uma utopia a se realizar. c) A modernidade, enquanto movimento histórico-cultural, caracteriza-se pelas revoluções científica, política e cultural. d) Buscar a unidade na ação e na razão comunicativa. 33. Para Sócrates a Ética é uma ciência e pode ser ensinada e que a consciência, uma vez esclarecida, conduz a vontade ao Bem; este não é senão o conjunto de proposições fruto do acordo entre o indivíduo consigo mesmo e com os outros (AGOSTINI, Nilo - p. 24, 2010). Assim, a educação dos cidadãos consiste, numa tarefa ética primordial. Essa tarefa (doutrina) da ética é chamada de: a) Intelectualismo moral. b) Maiêutica. c) Ironia. d) Virtude. 34. Aristóteles, longe do rigorismo moral de Platão, não dispensa nada desse mundo. A verdade não está fora desse mundo. Para ele, "o universo aparece como uma imensa hierarquia de planos da realidade subtendidos, orientados, "aspirados" por um movimento de conjunto em direção à Perfeição; todo indivíduo é duplo, composto de uma "matéria" (uma capacidade indefinida e confusa a transformar) e de uma "forma" (uma tendência à organização, à realização estruturada das qualidades potenciais da matéria). Numa escala de ascensão contínua chega-se aos níveis superiores, uma Forma das formas, identificada como Deus, o Bem ou o primeiro Motor, sendo o topo da pirâmide, o que ama sendo atraído pelo objeto amado" (AGOSTINI, Nilo - p. 28-29, 2010). Sabemos que os primeiros tratados de ética foram elaborados por Aristóteles. Assinale a alternativa que apresenta o tratado ético elaborado por Aristóteles: a) Ética a Nicômaco. b) Ética a Dianoética. c) Ética a Diacômaco. d) Ética a Nicômalo. 35. A felicidade, para Aristóteles, não corresponde à busca de riquezas, de honrarias, pois estas são apenas "meios". É, antes, fruto da busca do bem perfeito, desejado por si mesmo e não como meio, que torna o ser humano "autossuficiente". A palavra "felicidade" como meio para alcançar o Fim que desejamos por si mesmo é traduzida na filosofia aristotélica por: a) Eudaimonia. b) Experdise. c) Eugenia. d) Maiêutica. 36. À medida que o cristianismo transforma-se em religião oficial do Império Romano e passa a ser a referência principal para a sociedade, destaca-se a emergência da ética cristã. O predecessor das éticas medievais é: a) Zenão de Cítio. b) Boaventura de Bagnoregio. c) Tomás de Aquino. d) Agostinho de Tagaste. 37. Segundo Alfred N. Whitehead, "a história da filosofia moderna é a história do desenvolvimento do cartesianismo em seu duplo aspecto, de idealismo e de mecanicismo. Ou seja, o desenvolvimento da filosofia moderna avança à medida que desdobra as temáticas subjacentes à res cogitans e à res extensa" (AGOSTINI, Nilo - p. 42, 2010). Whitehead, ao referir-se à coisa pensante e a tudo que é extenso e divisível, está referindo-se a filosofia de: a) Friedrich Nietzsche. b) Immanuel Kant. c) David Hume. d) René Descartes. 38. Considerando as éticas da era da "consciência" (Nilo Agostini- p 41-50), relacione os seguintes filósofos aos pensamentos apresentados e defendidos por eles: I - René Descartes. II - David Hume. III - Immanuel Kant. IV - Friedrich Nietzsche. ( ) A razão humana é entendida como reta razão (bona mens), que pertence a todos os seres humanos, sendo esta a "a coisa mais bem distribuída no mundo". ( ) Refuta o racionalismo e funda seu pensamento na experiência sensível. Para ele, as paixões e os desejos são fontes diretas e imediatas das ações. ( ) A verdadeira moralidade supõe um verdadeiro respeito pelos valores que estão implícitos na obediência aos imperativos categóricos. ( ) Rejeita a possibilidade do juízo moral, pois toda moral é condicionada e particular, uma mera possibilidade histórica. A sequência CORRETA é: a) IV, II, III e I. b) I, IV, II e III. c) IV, III, II e I. d) I, II, III e IV. 39. Não há como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a "Filosofia na educação" transforma-se em "Filosofia da Educação" enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo. Não se pode encarar a educação a não ser como um que-fazer humano. Que-fazer, portanto, que ocorre no tempo e no espaço, entre os homens, uns com os outros. Disso, resulta que a consideração acerca da educação como um fenômeno humano nos envia a uma análise, ainda que sumária, do homem. A concepção humanista, que recusa os depósitos, a mera dissertação ou narração dos fragmentos isolados da realidade, realiza-se através de uma constante problematização do homemmundo. Seu que-fazer é problematizador, jamais dissertador ou depositor. A concepção humanista da educação é defendida por: a) José Carlos Libâneo. b) Antonio Joaquim Severino. c) Carl Rogers. d) Paulo Freire. 40. Analise as proposições das correntes filosóficas da educação: I - Para Augusto Comte, o Positivismo é a última etapa da humanidade, que se elevou do "estágio teológico", no qual tudo se explicava de maneira mágica, e do "estágio metafísico", em que a explicação se contentava com palavras. A base teórica do positivismo apresenta três pontos: 1) Todo conhecimento do mundo material decorre dos dados "positivos" da experiência, e é somente a eles que o investigador deve se ater; 2) Existe um âmbito puramente formal, no qual se relacionam as ideias, que é o da lógica pura e o da matemática; e 3) Todo conhecimento dito "transcendente" ? a metafísica, a teologia e a especulação acrítica ? que se situe além de qualquer possibilidade de verificação prática, deverá ser descartado. II - Concebe-se a fenomenologia como o estudo dos fenômenos em si mesmos, independentemente dos condicionamentos exteriores a eles, cuja finalidade é apreender sua essência que é a estrutura de sua significação. Na segunda metade do século XVIII, o filósofo Jean-Henri Lambert denominou a fenomenologia como a "teoria das aparências", para distinguir a aparência das coisas do que elas são em si mesmas; com Hegel, na Fenomenologia do Espírito (1807) "é a ciência da experiência que faz a consciência"; e Edmund Husserl, nas primeiras décadas do século XX, faz da fenomenologia uma meditação sobre o conhecimento, considerando que tudo que é dado à consciência é o fenômeno. Para ele, a consciência é intencional e não está fechada em si mesma, mas define-se como certa maneira de perceber o mundo e seus objetos. III - O materialismo histórico é a aplicação da teoria de Karl Marx ao estudo da evolução histórica das sociedades humanas, pelas quais o modo de produção dos bens materiais condiciona a vida social, política e intelectual que, por sua vez, interage com a base material. Marx e Engels afirmam que a história de todas as sociedades do passado é a história da luta de classes. Nesse sentido, no decorrer do processo histórico, as relações econômicas evoluíram segundo uma contínua luta dialética entre os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores espoliados e explorados. IV - Para o pesquisador no materialismo histórico não há fechamentos e nem sistemas concluídos, pois estar no mundo é sempre interrogá-lo. Coloca-se em destaque as percepções dos sujeitos e, sobretudo, salienta-se o significado que os fenômenos têm para as pessoas. Assim, "o mundo não é aquilo que eu penso, mas aquilo que vivo, sou aberto ao mundo, comunico-me indubitavelmente com ele, mas não o possuo, ele é inesgotável". Após a análise das proposições acima é CORRETO afirmar que: a) Apenas a proposição I está incorreta. b) Apenas a proposição II está incorreta. c) Apenas a proposição III está incorreta. d) Apenas a proposição IV está incorreta. GABARITO: 21-C 31-A 22-B 32-A 23-B 33-A 24-D 34-A 25-A 35-A 26-C 36-D 27-C 37-D 28-D 38-D 29-A 39-D 30-B 40-D |
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Como referenciar: "Provas - Prova e Gabarito - Professor de Filosofia - Município de Lucas do Rio Verde - MT - MSCONCURSOS - 2011" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 04/07/2025 às 03:34. Disponível na Internet em http://www.sofilosofia.com.br/vi_prova.php?id=112