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Provas de concursos e vestibular

 
(20/Dez) Profesor de Filosofia - Prefeitura do Municipio de São Paulo - Fundação Carlos Chagas - 2012
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

21. Segundo Celso Favaretto, o ensino de filosofia deve
I. focar em processos reflexivos que busquem eliminar o acaso, articulando teorias e conceitos filosóficos na busca de alguma inteligibilidade ou significação para a existência.
II. focar unicamente os constructos históricos da filosofia na busca da inteligibilidade.
III. focar em leituras apenas de textos filosóficos como caminho único para o pensamento reflexivo.
IV. fixar-se em discussões e críticas a partir de posições dos alunos durante as aulas.
V. focar no estabelecimento de uma vasta coleção de conceitos, textos e/ou doutrinas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) IV.
(B) II.
(C) III.
(D) I.
(E) V.

22. Celso Favaretto afirma: para que os alunos atinjam a inteligibilidade o professor deve propor exercícios
(A) operatórios, no sentido da teoria de Piaget.
(B) cartesianos, no sentido da teoria de Descartes.
(C) tecnicistas, no sentido da teoria de Skinner.
(D) lúdicos, no sentido da teoria de Vygotsky.
(E) sensoriais, no sentido da teoria de Rousseau.

23. Diz o documento "Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas Tecnologias" que "Mais do que transmitir conhecimentos, o professor deve promover competências gerais. E isso é dito, também, em relação ao ensino da Filosofia e são aí apontadas essas competências que se espera que o ensino da Filosofia deva desenvolver. Aliás, essas competências constam também do texto dos PCN/Ensino Médio relativamente ao ensino de Filosofia.
Assinale a alternativa na qual essas competências estão corretamente listadas de acordo com o documento.
(A) Ler textos filosóficos de modo significativo. Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros. Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo. Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes. Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais. Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sociopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
(B) Ler de modo significativo textos de diferentes estruturas e registros. Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo e crítico. Debater defendendo argumentativamente sem se preocupar em mudar de posição frente a argumentos contrários, preservando a autonomia intelectual. Articular conhecimentos filosóficos com diferentes conteúdos buscando contextualizar os conhecimentos nos mais diversos planos de acordo com o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
(C) Ler textos filosóficos de modo significativo. Ler os mais diversos textos de diferentes estruturas e registros, elaborando por escrito o que foi apropriado dessas leituras. Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição face a argumentos mais consistentes. Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sociopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
(D) Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros. Elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo. Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente. Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais. Contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica, quanto em outros planos: o pessoal-biográfico e o horizonte da sociedade científico-tecnológica.
(E) Ler textos filosóficos de modo significativo. Ler, de modo filosófico, textos de diferentes estruturas e registros. Debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição independentemente dos argumentos dos outros. Articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas Ciências Naturais e Humanas, nas Artes e em outras produções culturais. Contextualizar conhecimentos tanto no plano de sua origem, quanto em outros planos especialmente no plano do horizonte da sociedade científico-tecnológica.

24. De acordo com as Orientações Complementares (PCNs), para o Ensino Médio, escolha a alternativa correta sobre a definição de Filosofia.
(A) A Filosofia pode abandonar a pretensão de razão com que veio ao mundo sem que com isso contradiga sua procura por enxergar para além das aparências.
(B) As Orientações Curriculares não estabelecem uma definição para a indagação, não sendo possível definir o que é Filosofia.
(C) A Filosofia é entendida pelas Orientações Curriculares como uma ciência, objetivando verificações empíricas de pesquisa, voltando-se para a construção de modelos abstratos dos fenômenos analisados.
(D) A Filosofia constitui-se enquanto uma das belas-artes, no sentido poético, já que é uma atividade voltada especificamente para a criação de objetos.
(E) A Filosofia, segundo as Orientações Curriculares, costuma quebrar a naturalidade com que usamos as palavras, tornando-se reflexão e discurso consciente.

25. Escolha a alternativa que represente a indicação das Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais acerca da origem da noção de cidadania, sendo ela resultado de
(A) Processos de construções filosóficas.
(B) Construções éticas.
(C) Construções democráticas.
(D) Construções morais.
(E) Construções éticas e morais.

26. Segundo Olgária Matos, na obra A filosofia e suas discretas esperanças. Docência, memória, gênero: estudos sobre a formação. São Paulo: Escrituras, 1997), o conceito de humanismo se desenvolve ao longo dos séculos, assumindo diferentes significados.
Sobre isso:
I. No período da Antiguidade Clássica, o humanismo seria desenvolvido através da Paideia, dizendo respeito aos valores morais e à formação do espírito culto.
II. Na Idade Média, o humanismo se somava à divindade.
III. No Renascimento, o humanismo representa o reconhecimento da dignidade do homem, enquanto ser finito, porém autônomo.
IV. Kant traz um sentido moderno ao humanismo, ao entendê-lo em termos de dignidade, ou seja, de consciência sobre o respeito e obrigação dos homens entre si.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e IV.
(B) I, II e IV.
(C) I, II e III.
(D) II e III.
(E) I, III e IV.

27. O professor José Antonio leciona filosofia no ensino médio há 5 anos. A metodologia utilizada com seus alunos é a seguinte: adota uma apostila de filosofia que ele mesmo preparou com pequenos textos de filósofos para serem estudados pelos alunos. Inicia os trabalhos com aulas expositivas e, após algum tempo, solicita que os alunos se agrupem, escolham um tema de pesquisa e preparem uma apresentação para a classe.
De acordo com a Metodologia prevista nos Parâmetros Curriculares Nacionais para as Ciências Humanas, especificamente para a disciplina Filosofia, o professor José Antonio
(A) utiliza uma metodologia no ensino de Filosofia que destoa da concepção de ensino presente nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (Filosofia) não garantindo as diretrizes ali propostas.
(B) utiliza uma das metodologias mais empregadas pelos professores de Filosofia no Ensino Médio e atende aquilo que se espera do ensino de Filosofia de acordo com os PCNs/Ensino Médio.
(C) prioriza adequadamente, em seu trabalho docente o que lhe é costumeiro, pois esse é mesmo o melhor caminho metodológico, segundo as orientações curriculares.
(D) garante um processo de estudo da Filosofia que oferece aos alunos mais segurança e autonomia em seu desenvolvimento intelectual.
(E) cumpre integralmente o previsto nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio porque utiliza práticas pedagógicas sedimentadas na experiência de grandes educadores do passado, valorizando a tradição.

28. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio:
I. O profissional bem formado em licenciatura, em sua prática pedagógica, irá transpor em sala a técnica de leitura que o formou.
II. É um desafio ao professor de Filosofia transmitir aos alunos o legado da tradição e o gosto pelo pensamento inovador.
III. É uma competência a ser desenvolvida no ensino de Filosofia a articulação de conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas diversas produções culturais humanas como as ciências, as artes e outras.
IV. Embora transversal, não cabe à Filosofia o ensino de tabelas de verdade e cálculos proposicionais.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, II e III.
(E) II, III e IV.

29. ... Talvez a mais importante transformação pela qual tem passado a escola brasileira é sua enorme ampliação numérica. O ensino básico no Brasil já ultrapassou cinquenta milhões de matrículas, das quais cerca de dez milhões no ensino médio, que dobrou de tamanho em uma década. Por conta desse processo...
(Parâmetros Curriculares Nacionais + Ensino Médio: Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas tecnologias).
Assinale a alternativa que completa a ideia do texto acima.
(A) Boa parte dos alunos desse Ensino Médio vem de famílias em que poucos completaram sua educação fundamental, ou seja, a escola precisa se preparar para receber adequadamente um contingente realmente novo de estudantes.
(B) As reformas implementadas em decorrência da nova legislação foram essenciais para tal ampliação.
(C) O Projeto Político-Pedagógico das escolas tem se mostrado eficiente e adequado às novas realidades, pois sua adequação não depende das reformas legais.
(D) Para atender à nova realidade o importante é reforçar a transmissão de conhecimentos por meio de informações, o que garante a promoção do desenvolvimento das competências indicadas nos PCNs para o ensino de Filosofia.
(E) A disseminação de um conceito mais amplo e generoso de educação depende exclusivamente de medidas oficiais.

30. Segundo Olgária Matos, na obra A filosofia e suas discretas esperanças (In: CATANI, Denice B. et. al. (org.). Docência, memória, gênero: estudos sobre a formação. São Paulo: Escrituras, 1997), outra maneira de dizer: "que não se sabe o que a filosofia é, mas que se compreende, com clareza, a que sua ausência deixa o campo aberto" é:
(A) "Eduque todos os homens e o mal desaparecerá", como afirmou Sócrates.
(B) "Não se pode ensinar filosofia, só se pode ensinar a filosofar", como afirmou Kant.
(C) "O conhecimento filosófico encontra-se no mundo das ideias", como afirmou Platão.
(D) "Toda a arte e toda a filosofia podem ser consideradas como remédios da vida", como afirmou Nietzsche.
(E) "Em minha busca de respostas para a pergunta da vida, senti-me exatamente como um homem perdido em uma floresta", como afirmou Tolstoi.

31. De acordo com as Orientações complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio:
... Assim, uma prática docente centrada no desenvolvimento de competências e habilidades e na realização de atividades escolares significativas e contextualizadas - que mobilizem e auxiliem na construção/reconstrução de diferentes conhecimentos por parte dos educandos, no âmbito dos trabalhos de uma dada disciplina - associa-se, necessariamente, a uma nova postura do educador. Uma postura centrada na mediação dos processos de construção/reconstrução dos conhecimentos escolares por parte dos educandos, e não na condição de mero retransmissor desses conhecimentos para os mesmos.
Se tais premissas forem desenvolvidas e praticadas por educadores de diferentes disciplinas concomitantemente, inclusive no que se refere à prática de processos de avaliação centrados na observação do desenvolvimento dos educandos em relação às competências, habilidades e conceitos que estes mobilizam, constroem e reconstroem ao longo dos processos de ensino e de aprendizagem, aí teremos um trabalho efetivamente
(A) Construtivista.
(B) Multidisciplinar.
(C) Transdisciplinar.
(D) Sociointeracionista.
(E) Interdisciplinar.

32. Considere as seguintes afirmações de Dermeval Saviani:
I. A educação permite a mediação entre o homem e a ética.
II. A educação permite a mediação entre o homem e a cidadania.
III. A educação permite a mediação entre a ética e a cidadania.
Está correto o que se afirma em
(A) II, apenas.
(B) I, apenas.
(C) I, II e III.
(D) III, apenas.
(E) I e II, apenas.

33. Conforme afirmado por Saviani: ... "Em sua obra O formalismo na ética e a ética material dos valores, Max Scheler apresenta uma classificação dos valores dispondo-os numa hierarquia na seguinte ordem ascendente: a) valores úteis ou econômicos; b) valores vitais ou afetivos; c) valores lógicos ou intelectuais; d) valores estéticos; e) valores éticos ou morais; f) valores religiosos (SCHELER, 1941-1942). De acordo com uma hierarquia como essa proposta por Scheler, os valores intelectuais seriam, por si mesmos, superiores aos valores econômicos"... (Saviani, D. Ética, educação e cidadania. Philos: Revista Brasileira de Filosofia no 1o Grau, Florianópolis, v. 8, n. 15, 2001)
De acordo com o desenvolvimento do raciocínio de Saviani,
(A) os valores econômicos são decisivos na aprendizagem e nos saberes dos alunos, discorda de Scheler.
(B) os valores éticos e morais são fundamentais na formação da cidadania, discorda de Scheler.
(C) os valores mais relevantes devem ser definidos a partir dos problemas objetivos, discorda de Scheler.
(D) o objetivo da educação é promover a aquisição dos conhecimentos científicos, concorda com Scheler.
(E) não se posiciona sobre a hierarquia de valores proposta por Scheler.

34. Conforme citado por Saviani, Vázquez afirma que: "A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade".
(Saviani, D. Ética, educação e cidadania. Philos: Revista Brasileira de Filosofia no 1o Grau, Florianópolis, v. 8, n. 15, 2001)
Assinale a alternativa correta, conforme Saviani, com base em Vázquez, relativamente ao objeto da ética.
(A) Participações ativas na vida da sociedade.
(B) Costumes que orientam as ações consideradas corretas e meritórias no seio de uma determinada comunidade que compartilha um mesmo sistema de valores.
(C) Mediações educacionais através das quais os indivíduos tomam conhecimento da moralidade de suas ações.
(D) Atos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
(E) Fontes de criação da existência humana, elementos de humanização da natureza que liberta a humanidade do jugo natural.

35. ... Com efeito, é somente quando o homem individual real recupera em si o cidadão abstrato e se converte, como homem individual, em ser genérico, em seu trabalho individual e em suas relações individuais; somente quando o homem tenha reconhecido e organizado suas "forças próprias" como forças sociais e quando, portanto, já não separa de si a força social sob a forma de força política, somente então se processa a: ......
(Marx in: Saviani, D. Ética, educação e cidadania. Philos: Revista Brasileira de Filosofia no 1o Grau, Florianópolis, v. 8, n. 15, 2001)
A alternativa que completa de maneira correta a lacuna do texto é
(A) Moral.
(B) Cidadania.
(C) Ética.
(D) Emancipação humana.
(E) Socialização.

36. Ao perguntar-se acerca das condições em que vive a filosofia em nosso tempo, Olgaria Matos afirma:
A tendência atual à dissolução do plano político no econômico, o fetichismo do número e a determinação de todas as esferas da vida pelo mercado excluem o pensamento autônomo. Trata-se de interrogar o porquê de o homem renunciar à sua autonomia, lutando pela servidão como se esta fosse a liberdade.
(MATOS, Olgaria. Filosofia e suas discretas esperanças. In: CATANI, Denise, et al. (Org.) Docência, memória, gênero: estudos sobre formação. São Paulo: Escrituras, 1997. p. 52).
A Servidão Voluntária, segundo La Boétie (1530-1563) citado no texto, existe porque
(A) um povo que obedece o tirano quando vencido e conquistado pela força das armas.
(B) é responsabilidade do próprio povo, pois aceita o jugo da tirania por conveniência e por temer a liberdade, recusando-se a pensar por si próprio.
(C) os homens são presos como que de um encantamento que os estimula a pensar e desejar a liberdade.
(D) resulta da troca feita pelo homem do seu direito à liberdade pelo ideal de posse.
(E) é aceitável somente quando os governantes forem escolhidos pelo povo.

37. O ponto de partida para a elaboração dos programas de filosofia do Ensino Médio exige compreensão da especificidade da Filosofia na formação da cidadania em sintonia com o papel peculiar da filosofia no desenvolvimento de competência geral de fala, leitura e escrita.
Conforme as Orientações para o Ensino Médio compete à Filosofia desenvolver
(A) o estudo de textos filosóficos que tem por objetivo específico incentivar os alunos a formarem pontos de vista bem delimitados que lhes permitam escolher um determinado partido político no qual se possam filiar, exercendo sua cidadania conscientemente.
(B) a capacidade de análise, de reconstrução racional e de crítica, a partir da compreensão de que tomar posições diante de textos propostos de qualquer tipo e emitir opiniões acerca deles é um pressuposto indispensável para o exercício da cidadania.
(C) técnicas, a partir de modelos baseados nas ideias de filósofos ilustres e de produção mental e escrita de textos que se possam classificar como notadamente filosóficos.
(D) a formação de indivíduos capazes de integrar ou mesmo criar escolas filosóficas que ponham em discussão os problemas que afligem as populações, em especial, a juventude.
(E) uma cultura erudita no seio da juventude para que os mais capacitados possam se distinguir e alçar melhores lugares na pirâmide social.

38. A metodologia retratada como "dicas metodológicas" sugeridas por Lorieri e Rios que o professor poderá empregar para promover a iniciação filosófica dos alunos, é
(A) fazer uma exposição oral dialogada sobre o assunto da aula; apresentar as questões do texto aos alunos; fazer a correção das respostas na presença dos alunos.
(B) escolher texto com situações que provoquem questões filosóficas; ler o texto e solicitar que os alunos apresentem respostas às questões suscitadas no texto com justificativas plausíveis; trabalhar as respostas comparativamente, estimulando o diálogo entre os alunos; registrar a síntese das respostas e das justificativas obtidas.
(C) iniciar pela leitura do texto do livro didático feita pelo professor; solicitar do aluno a elaboração de resumo no caderno; agrupar os alunos para a discussão e apresentação dos resultados dos trabalhos.
(D) utilizar letras de músicas, textos paradidáticos que tratam de temas que interessam aos alunos, abrindo uma discussão geral.
(E) organizar os alunos em grupos, distribuir um texto para cada grupo, solicitar que leiam e elaborem uma esquete para apresentar na classe.

39. Quando procuramos aprimorar nosso trabalho, o fazemos com a intenção de que ele seja um trabalho da melhor qualidade. Não queremos ser professores e professoras quaisquer - queremos ser bons professores, boas professoras, educadores e educadoras competentes.
(Lorieri, M. A; Rios, T. A. Filosofia na escola; o prazer da reflexão. São Paulo: Moderna, 2008. p. 47)
Para os autores, o trabalho competente é aquele que faz bem, isto é, que fazemos bem e que faz bem para nós e para todos aqueles que são por ele envolvidos,
(A) que acontece na sala de aula, onde o professor, devidamente habilitado e comprometido com a escola, desenvolve projetos com os alunos para aumentar a autoestima e cumprir o programa.
(B) em que o professor é assíduo e participa de cursos de formação continuada.
(C) que exige do professor acima de tudo e tão só o domínio dos conhecimentos específicos e de metodologias apropriadas ao nível de ensino em que leciona.
(D) em que o professor procura dominar os conteúdos e as metodologias do ensino eficaz.
(E) em que se encontram e articulam-se as dimensões técnica, política, estética e ética.

40. A respeito da reflexão filosófica na escola, Lorieri e Terezinha Rios, consideram: Filosofia na escola; o prazer da reflexão" Lorieri, M. A.; Rios, T. A. Filosofia na escola; o prazer da reflexão. São Paulo: Moderna, 2008. p. 47"
I. Para que todos possam participar efetivamente dessa construção necessária das significações é fundamental que todos sejam educados para tal desde cedo. Fazer isso na educação escolar é tentar fazer filosofia como educação. Pois a filosofia é principalmente educação da própria humanidade em cada ser humano.
II. Se a reflexão filosófica é necessária na vida do educador, terá que ser criado um espaço para que ela possa ocorrer.
Melhor ainda, se for um espaço prazeroso, em que a alegria se instale como componente da competência educativa.
III. A tarefa do professor consiste em ser um modelo de reflexão filosófica a ser seguido pelos alunos, pois seu papel é ser o modelador desta maneira reflexiva própria do filosofar e ser o informador privilegiado dos conteúdos a serem objetos desse processo reflexivo.
IV. O diálogo ganhará maior consistência na medida em que criar espaços para um exercício de reflexão e investigação e ao mesmo tempo resultar desse exercício. Investigar reflexivamente é uma rica forma de dialogar.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, II e IV.
(B) I, III e IV.
(C) I, II e III.
(D) II e III.
(E) II, III e IV.

41. Ao tratar da presença da Filosofia na educação brasileira, especialmente no ensino médio, Silvio Gallo tece algumas considerações: Quando pensamos na educação como amplo processo de formação humana e, sobretudo no ensino médio, como um nível propedêutico à universidade ou então como etapa final da formação de um número de jovens que não vão para o ensino superior, podemos falar em três grandes áreas do conhecimento humano fundamentais que devem estar presentes nesta formação [...]
(Gallo, S. A Função da filosofia na escola e seu caráter interdisciplinar. Revista Sul Americana de Filosofia e Educação. Brasília: UnB, v. 2, 2004)
Às áreas do saber humano a serem garantidas a todos os estudantes são:
(A) as ciências da terra, a ecologia e a cibernética.
(B) a metafísica, a epistemologia e a ética.
(C) as ciências exatas, ciências físico-biológicas e as ciências humanas.
(D) as ciências, as artes e as filosofias.
(E) a ontologia, a gnoseologia e a axiologia.

42. Silvio Gallo em seu texto "A função da filosofia na escola e seu caráter disciplinar" propõe, à luz de Deleuze e Guattari, uma estratégia de ensino que objetiva levar o aluno do ensino médio a iniciar-se na experiência filosófica, tal como ele a entende.
(Revista Sul Americana de Filosofia e Educação. Brasília: UnB, v. 2, 2004)
A estratégia proposta por Gallo, é
(A) comunidade de investigação filosófica.
(B) grupo de estudo filosófico.
(C) oficina do pensamento.
(D) painel temático.
(E) oficina de conceitos.

43. NÃO está de acordo com o pensamento de Silvio Gallo, constante no artigo "A função da filosofia na escola e seu caráter interdisciplinar":
(A) A inclusão da filosofia como mais uma disciplina no currículo escolar, possibilitará assegurar o trabalho do conceito e almejar no processo educativo a transversalização dos saberes.
(B) A experiência filosófica passa necessariamente por estas três instâncias: o pensamento conceitual; o caráter dialógico; a crítica radical.
(C) Nas aulas de filosofia os conceitos, historicamente criados, são experimentados, desmontados, remontados, tendo em vista os problemas vividos.
(D) Justifica-se a filosofia nos currículos do ensino médio pelo fato de ser o melhor ou o único caminho para promover uma forma de visão crítica do mundo, para possibilitar uma visão interdisciplinar e por trabalhar com conhecimentos fundamentais ao exercício da cidadania.
(E) A transversalidade é uma característica intrínseca da filosofia porque busca a relação e não se fecha em si mesma.

44. Vera Waksman em "Sentidos e sem-sentidos da educação moral, questiona: "Que relação pode-se estabelecer entre a educação moral e a filosofia?"
NÃO condiz com o pensamento da autora, sobre esta questão:
(A) A prática da filosofia na sala de aula supõe uma disposição igualitária, onde todos os membros da aula têm iguais direitos, todos podem participar da discussão em igualdade de condições.
(B) A filosofia na escola contribui para a formação ética ou para a educação moral, à medida que intervém no processo de construção pessoal do estudante.
(C) A filosofia se parece com a educação moral à medida que contribui para a construção de si mesmo.
(D) A deliberação que se propõe nos âmbitos da educação moral pode ser entendida como uma boa discussão filosófica: é uma deliberação autônoma com vista a se chegar a um consenso para resolver um problema.
(E) O filosofar tem a ver com o conhecimento de si, à medida que a experiência do pensamento filosófico resulta transformadora de quem a exerce.

45. Demerval Saviani apresenta três aspectos que caracteriza a estrutura do homem. O primeiro aspecto, o da situação humana, evidencia os condicionamentos ao qual o homem está submetido; o segundo, o aspecto da liberdade, evidencia a autonomia dos sujeitos. O terceiro aspecto
(A) leva em conta a individualidade humana.
(B) é o da responsabilidade, componente essencial da democracia.
(C) é o da consciência moral, que evidencia a vida cidadã.
(D) é o intelectual, da reflexão, da consciência e implica a transcendência, a possibilidade de encontrar um ponto de vista que ultrapassa nossos limites.
(E) trata da singularidade, que evidencia à essência à transcendência humana.

46. "Estabelecer o que o aluno deve conhecer e que competências desenvolver no curso de Filosofia no Ensino Médio configura uma tarefa a ser enfrentada de maneira diversa daquela que se espera em qualquer outra disciplina, por causa das características que são próprias ao filosofar. O professor de Física, por exemplo, é capaz de definir o campo da ciência com a qual trabalha, conhece sua metodologia e, a partir dessa base aceita pelos cientistas dos quais é contemporâneo, consegue estabelecer um conteúdo programático mínimo e, além disso, escalonar as dificuldades para escolher o que será estudado de, como pré requisito para a compreensão de conceitos mais complexos."
(Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN - Ensino Médio - Ciências Humanas e suas tecnologias)
Lendo o texto com atenção, pode-se afirmar que
(A) o professor de Física é o único que consegue fazer com que sua disciplina desenvolva as competências com seus alunos, pois a Física é a única ciência que trabalha com bases aceitas pelos cientistas contemporâneos.
(B) o professor de Física, por conhecer sua metodologia, e ter bem definido o campo da ciência com a qual trabalha, está mais capacitado do que o professor de Filosofia para desenvolver os conhecimentos relacionados à sua disciplina.
(C) a maior dificuldade para se estabelecer o que o aluno deve conhecer no curso de Filosofia do Ensino Médio surge do fato de que os professores de Filosofia desconhecem as competências que devem desenvolver em sua disciplina.
(D) o professor de Filosofia não é capaz de estabelecer um conteúdo programático mínimo para conseguir desenvolver as competências com seus alunos e determinar o que o mesmo deve conhecer.
(E) a maior dificuldade para se estabelecer o que o aluno deve conhecer e quais competências desenvolver no curso de Filosofia do Ensino Médio é a de que não existe uma Filosofia, como a Física, pois o que existem são Filosofias.

47. Silvio Gallo em "A especificidade do ensino no Brasil: em torno dos conceitos" questiona:
"a filosofia, este exercício de solidão, é "ensinável?" É transmissível?, feito um vírus, que passa de um individuo a outro, ou mesmo de um individuo a muitos? Ou devemos nos resignar a admitir que a filosofia não se transmite, não se ensina, não se aprende?
Segundo o autor,
(A) o ensino de filosofia vai além de qualquer método empregado porque, no processo de ?ensino da filosofia?, a filosofia sempre nos escapa.
(B) a impossibilidade de se ensinar filosofia resulta do fato da disciplina consistir mais numa atitude intelectual do que num conjunto bem definido de conhecimentos.
(C) o ensino de filosofia limita-se a expor figuras e momentos da história da filosofia e isto torna a filosofia intangível para nós e principalmente para os alunos.
(D) o estudo da filosofia é interessante porque a ela se dedicaram talentos extraordinários, como Aristóteles ou Kant, que se voltaram para as questões do seu tempo. É um estudo para uma elite.
(E) é possível ensinar filosofia como um apelo à diversidade, como exercício de acesso a questões conceituais e fundamentais para a existência humana.

48. Celso Favaretto em "Notas sobre o ensino de Filosofia" (no livro "Filosofia e seu ensino") aponta como uma séria dificuldade para o professor de Filosofia a dúvida persistente relativa à especificidade do filosófico. Dúvida, aliás, mencionada nas "Orientações Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais". Ele se pergunta nesse texto sobre o que deve ser considerado o mínimo necessário para se realizar um ensino específico de filosofia. Diz ele que o professor de Filosofia deve se ater a este problema, mas deve, antes da definição dos conteúdos e métodos de ensino, pensar em duas definições importantes que darão o endereço ao seu trabalho de professor de Filosofia.
Assinale a alternativa que indica corretamente estas duas definições.
(A) O professor de Filosofia ao escolher os conteúdos do programa de ensino deve orientar-se pelas determinações do Projeto Pedagógico da escola. Além disso, precisa elaborar uma clara imagem da Filosofia que objetiva efetivar com os alunos.
(B) O professor de Filosofia precisa definir o lugar de onde pensa e fala. Deve também escolher com clareza qual doutrina filosófica guiará seu trabalho de ensino.
(C) O professor de Filosofia precisa definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala. Ele deve também determinar claramente a imagem da Filosofia que visa efetivar com os alunos.
(D) O professor de Filosofia precisa ter uma clara imagem da Filosofia que visa efetivar com os alunos. Deve também fazer um recorte na história da filosofia de acordo com as diretrizes da escola em que trabalha.
(E) O professor de Filosofia deve primeiro definir o que seja Filosofia para ele mesmo. Deve também buscar nas determinações legais do sistema de ensino no qual trabalha as diretrizes para a elaboração do seu programa de ensino.

49. Muraro em seu artigo "Filosofia para crianças - educação para o pensar" explica os objetivos gerais presentes no Programa criado por Matthew Lipman, que são:
(A) exercício do diálogo e desenvolvimento da autoestima dos alunos.
(B) desenvolvimento do pensamento crítico, criativo e cuidadoso, independentemente dos conteúdos a serem trabalhados.
(C) iniciação filosófica de crianças e jovens, educação para o pensar e preparação para a cidadania responsável.
(D) desenvolvimento das habilidades de raciocínio, discussão de temas filosóficos e educação moral em sala de aula.
(E) criação de uma comunidade de investigação através do diálogo investigativo e promoção da autonomia intelectual e moral de crianças e jovens.

50. Em "Notas sobre o ensino de filosofia", Achylle Alexio Rubin tece crítica fundamental à didática tradicional afirmando que ela dá mais atenção à memória, deixando no esquecimento o exercício da inteligência.
Identifique a justificativa que o autor apresenta para a referida crítica.
(A) A memória, faculdade onde se guarda as informações, é acionada quase que exclusivamente porque é mais rápida e a inteligência, faculdade onde se opera a compreensão dos conteúdos, exige tempo e lentidão no seu processo de desenvolvimento.
(B) As escolas priorizam, justificadamente, a memorização em razão da celeridade do processo mental e do acúmulo de matérias a serem ensinadas.
(C) A função da escola é fornecer a maior quantidade possível de informações aos alunos através das matérias escolares.
(D) As crianças e jovens já possuem inteligência não sendo necessário que a escola se preocupe com ela, enquanto que a memória carece de estímulo permanente no processo de aprendizagem.
(E) Memória e inteligência são faculdades mentais de qualquer sujeito; quando estimuladas uma e outra se desenvolve simultaneamente, bastando, portanto estimular uma ou outra.

GABARITO:
20 - D
21 - D
22 - A
23 - A
24 - E
25 - A
26 - E
27 - A
28 - A
29 - A
30 - B
31 - E
32 - C
33 - C
34 - D
35 - D
36 - B
37 - B
38 - B
39 - E
40 - A
41 - D
42 - E
43 - D
44 - D
45 - D
46 - E
47 - E
48 - C
49 - C
50 - A
     

 
 
Como referenciar: "Provas - Profesor de Filosofia - Prefeitura do Municipio de São Paulo - Fundação Carlos Chagas - 2012" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 04/07/2025 às 00:19. Disponível na Internet em http://www.sofilosofia.com.br/vi_prova.php?id=133