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Provas de concursos e vestibular

 
(10/Jul) Professor de Filosofia - IFAL - COPEMA - 2013
 
PROVA OBJETIVA

2. Melisso de Samos sistematizou a doutrina eleática com uma prosa clara e procedente com rigor dedutivo, corrigindo-a também em alguns pontos: em primeiro lugar, afirmou que o ser devia ser infinito (e não finito, como dizia Parmênides) porque não tem limites temporais nem espaciais e porque, se fosse finito, deveria limitar-se com o vazio, quer dizer, com um não-ser, o que é impossível. Na medida em que é infinito, o ser é, também, necessariamente uno. Além desta discordância de Melisso em relação a Parmênides, também se pode afirmar deste filósofo de Samos:
I. Outro ponto no qual Melisso de Samos retificou a Parmênides consiste na eliminação total da esfera da opinião, mediante uma reflexão de notável audácia especulativa.
II. Melisso afirmava que as múltiplas coisas, das que os sentidos parecem dar testemunho, existiriam na realidade e nosso conhecimento sensível seria veraz, com uma condição: cada uma destas coisas haveria de permanecer sempre tal como se nos apareceu a primeira vez, isto é, com a condição de que cada coisa permanecesse sempre idêntica e imutável como o Ser-Uno.
III. Sobre a base mesma do nosso conhecimento empírico, constatamos que as múltiplas coisas que são objeto de percepção sensível nunca permanecem idênticas: modificam-se, alternam-se, corrompem-se continuamente, de maneira muito diferente ao que exigiria o estatuto do ser e da verdade. Em consequência, há uma contradição entre o que, por um lado, reconhece a razão como condição absoluta do ser e da verdade e, por outro lado, o que testemunham os sentidos e a experiência.
IV. Melisso afrontou decididamente as refutações elaboradas pelos adversários e os intentos de ridicularizar a Parmênides. O procedimento que utilizou consistia em demonstrar que as consequências derivadas dos argumentos construídos para refutar a Parmênides eram ainda mais contraditórias e ridículas que as teses que pretendiam rechaçar. Ele descobriu, com isso, a refutação da refutação, vale dizer, a demonstração mediante o absurdo.
V. Melisso elimina a contradição mediante a negação da validade dos sentidos e do que os sentidos proclamam (em essência, porque os sentidos proclamam o não-ser), em exclusivo benefício do que proclama a razão. A única realidade, pois, consiste no Ser-Uno: o hipoteticamente múltiplo só poderia existir se fosse como Ser-Uno. Se os muitos existissem, deveria ser cada um como é o Uno.
a) As alternativas I, II, III e IV são verdadeiras.
b) As alternativas I, III, IV e V são verdadeiras.
c) As alternativas I, II, III e V são verdadeiras.
d) As alternativas II, III, IV e V são verdadeiras.
e) As alternativas I, II, IV e V são verdadeiras.

3. Ao período Pré-Socrático pertencem os primeiros físicos de que temos informação. Este grupo se subdivide entre físicos pluralistas e físicos ecléticos, conforme se estruturam seus argumentos. Analise os itens abaixo e identifique os argumentos que jamais poderiam ter sido ditos por algum destes físicos pré-socráticos.
I. Segundo Empédocles, assim como para Parmênides, são impossíveis o nascer e o perecer, entendidos como um proceder do nada e um ir para o nada, porque o ser é, e o não-ser não é. O que os homens denominam de nascimento e morte não são mais que misturas e dissoluções de quatro substâncias (água, ar, terra e fogo), que permanecem eternamente iguais e indestrutíveis. A novidade de Empédocles consiste em haver proclamado a inalterabilidade quantitativa e a "intransformabilidade" destas quatro realidades.
II. O filósofo atomista Carnéades afirmava a impossibilidade do não-ser e reitera que o nascer não é mais do que um "agregar-se das coisas que são", e o morrer, um "desagregar-se das mesmas" ou, melhor dito, um "separar-se" das coisas.
III. Como é sabido, os filósofos atomistas afirmam que, ao faltar um critério geral e absoluto de verdade, desaparece também toda possibilidade de achar uma verdade particular. No entanto, não por isso, desaparece também a necessidade da ação. Precisamente para resolver o problema da vida, Leucipo e Demócrito propõem a famosa doutrina do provável.
IV. Anaxágoras se declara totalmente de acordo com a impossibilidade de que exista o não ser e que, portanto, nascer e morrer constituem acontecimentos reais: "Os gregos, no entanto, consideravam corretamente o nascer e o morrer: efetivamente, nenhuma coisa produz um processo de composição e de divisão: assim, para falar corretamente, haveria de se chamar "compor-se" ao nascer, e "dividir-se" ao morrer".
V. Anaxágoras afirma que água, terra, ar e fogo não estão em condição de explicar as inúmeras qualidades que se manifestam nos fenômenos. Para ele, existem sementes ou elementos dos quais procedem as coisas, elas devem ser tantas como as inumeráveis quantidades de coisas: sementes que possuam formas, cores e gostos de todas as classes, isto é, infinitamente diversas.
a) Somente IV e V são falsas.
b) Somente I e V são falsas.
c) Somente II e III são falsas.
d) Somente I e III são falsas.
e) Somente II e IV são falsas.

4. O estudo da História da Filosofia revela certo lugar comum de raciocínio entre os sofistas, Sócrates, os socráticos e a medicina hipocrática. Este lugar é a descoberta do homem como ponto de partida da reflexão. Ainda que estes grupos de pensadores tenham apresentado teorias muito distintas e, muitas das vezes, opostas, o homem é, sem dúvida, o elemento fundamental de suas produções filosóficas. Identifique o que não pertence ao modo socrático de apresentar sua filosofia.
I. Para Sócrates, a finalidade prática de sua doutrina tem um aspecto notavelmente positivo: graças a ele, o problema educativo e o afã pedagógico passam a primeiro plano e assumem um novo significado. Sócrates se torna um divulgador da ideia segundo a qual a virtude não depende da nobreza do sangue e do nascimento, mas que se baseia no saber, assim se compreende porque, para Sócrates, a indagação da verdade estava necessariamente ligada a sua difusão.
II. De Sócrates se destacava o aspecto errante de sua filosofia e o não respeitar o apego a sua própria cidade, que para outros gregos era uma espécie de dogma ético. Neste sentido, Sócrates compreendeu que os estreitos limites da polis já não tinham razão de ser, convertendo-se sua filosofia em portadora de demandas pan-helênicas e mais que cidadão de uma só cidade, sentiu-se cidadão da Hélade.
III. Sócrates ensinava a fortalecer o argumento mais débil que houvesse. Isto não quer dizer que Sócrates ensinasse a injustiça e a iniquidade em vez da justiça ou da retidão, e sim, simplesmente que ensinava a maneira em que - técnica e metodologicamente - era possível afiançar e conseguir a vitória do argumento que em uma discussão em certas circunstâncias determinadas, pudesse resultar mais débil.
IV. Para Sócrates, o ser não pode ser cognoscível. Na busca de provar esta afirmação, Sócrates diz que há coisas pensadas que não existem e coisas não pensadas que existem, o que prova, pois que há uma ruptura entre ser e pensar. Na suposição de que fosse pensável, o ser resultaria impensável.
V. Foi deveras original a interpretação de Sócrates sobre os deuses: estes são a encarnação do útil e do vantajoso: "Os antigos consideraram como deuses em virtude da vantagem que dele se emanava, ao sol, à lua, às fontes e, em geral, a todas as forças que nos servem para viver, como, por exemplo, o Nilo, no caso dos egípcios."
a) Nenhuma é falsa.
b) Todas são falsas.
c) Somente II, III e IV são falsas.
d) Somente I, II e V são falsas.
e) Somente III, IV e V são falsas.

5. O centro do Livro A República, de Platão, se encontra situado no celebérrimo Mito da Caverna. Paulatinamente o mito foi sendo interpretado como símbolo da metafísica, da gnosiologia, da dialética e, inclusive, da ética e da mística platônicas. Sem dúvida, este é o mito que melhor expressa todo o pensamento de Platão. Identifique se há verdade na interpretação do significado deste mito no que se segue.
I. Significa os distintos graus ontológicos da realidade, ou seja, os gêneros do ser sensível e suprassensível, junto com suas subdivisões: as sombras da caverna são as meras aparências sensíveis das coisas e as estátuas são as coisas sensíveis. O muro é a linha divisória entre as coisas sensíveis e as suprassensíveis. Mais além do muro, as coisas verdadeiras simbolizam o verdadeiro ser, e as ideias e o sol simbolizam a Ideia do Bem.
II. Simboliza os graus do conhecimento, em suas duas espécies e seus dois graus. A visão das sombras simboliza a eikasia ou imaginação e a visão das estátuas é a pistis ou crença. O passo desde a visão das estátuas até a visão dos objetos verdadeiros e a visão do sol - primeiro mediata, e logo imediata - representa a dialética em seus diversos graus e a pura intelecção.
III. Representa o aspecto ascético, místico e teológico do platonismo. A vida na dimensão dos sentidos e do sensível é a vida na caverna, enquanto que a vida na dimensão do espírito é a vida na plena luz. Ao passar do sensível até o inteligível está especificamente representado como uma libertação das ataduras, uma conversão. A visão suprema do sol e da luz em si é a visão do Bem e a contemplação do divino.
IV. Manifesta uma concepção política refinadamente platônica. Este filósofo nos fala de um regresso à caverna por parte daquele que se havia libertado das cadeias, e tal regresso tem como objetivo a libertação das cadeias que sujeitam a quem havia sido antes seus companheiros de escravidão.
V. O regresso do desacorrentado à caverna é, sem dúvida, o retorno do filósofo-político, que - se se limitasse a seguir a seus próprios desejos - permaneceria contemplando o verdadeiro. Em vez disso, superando seu desejo, desce para buscar salvar também aos demais. O verdadeiro político, segundo Platão, não ama o comando e o poder, mas usa o mando e o poder como um serviço, para levar a cabo o bem.
a) Somente II, III, IV e V são verdadeiras.
b) Somente I, III, IV e V são verdadeiras.
c) Todas as alternativas são verdadeiras.
d) Somente I, II, IV e V são verdadeiras.
e) Somente I, II, III e V são verdadeiras.

6. Em Platão, a relação entre as ideias e as coisas não é dualista no sentido mais usual do termo, pois que as ideias constituem a verdadeira causa das coisas. A concepção platônica das relações entre alma e corpo introduz, além do elemento metafísico-ontológico, o fator religioso do orfismo. Sobre a concepção antropológica de Platão, é falso afirmar:
I. Enquanto tenhamos corpo, estamos mortos, porque somos fundamentalmente nossa alma, e a alma enquanto se acha em um corpo está como em uma tumba e, portanto, insensibilizada. Nossa morte corporal é viver, porque, ao morrer o corpo, a alma se liberta do cárcere.
II. A alma é a raiz de todo o mal, é a origem dos amores enlouquecidos, das paixões, das inimizades, das discórdias, ignorância e demência: precisamente, tudo isto é o que leva o corpo à morte. Esta concepção negativa da alma se atenua de certo modo nas últimas obras de Platão, porém jamais desaparece por completo.
III. Platão nos desvela, de modo muito explícito, que fugir do mundo significa transformar-se em virtuoso e tratar de assemelhar-se a Deus: o mal não pode desaparecer porque sempre tem que haver algo oposto e contrário ao bem. Por isto é conveniente dispormos a fugir daqui com a máxima rapidez, e este fugir é um assemelhar-se a Deus naquilo que é possível a um homem, e assemelhar-se a Deus é adquirir justiça e santidade e, ao mesmo tempo, sabedoria.
IV. Para se fazer uma ideia precisa acerca de qual é o destino das almas depois da morte, em primeiro lugar deve-se colocar claramente a noção platônica da metempsicose. Como já se sabe, a metempsicose é uma doutrina que afirma que a alma se traslada através de distintos corpos, renascendo em diversas formas viventes.
V. Em Fedro, Platão diz que os homens são aqueles seres quem amam a cidade mais que os demais seres, cumprindo com zelo necessário suas obrigações e, sobretudo, conhecendo o Bem. Portanto, em todos os homens predomina a alma racional e sua virtude específica é a sabedoria.
a) Somente 1 dos itens acima é falso.
b) Somente 2 dos itens acima são falsos.
c) Somente 3 dos itens acima são falsos.
d) Somente 4 dos itens acima são falsos.
e) Todos os itens acima são falsos.

7. Para Aristóteles, a Física é a segunda ciência teórica ou filosofia segunda, cujo objeto de investigação consiste na substância sensível (segunda em relação à suprassensível, que é a primeira), intrinsecamente caracterizada pelo movimento, diferentemente da metafísica que tinha por objeto a substância imóvel. Sobre a Teoria Aristotélica acerca da Física e da Matemática, é adequado afirmar:
I. Nos livros de Física de Aristóteles só existem considerações sobre o caráter metafísico, dado que os âmbitos das ciências se comunicam estruturalmente entre si a tal ponto que não existem distinção entre o sensível e o suprassensível. O suprassensível é causa e razão do sensível e vice-versa, e tanto a indagação metafísica como a indagação física (no mesmo sentido) acabam no suprassensível.
II. A física para Aristóteles é a ciência das formas e das essências. Comparada com a física moderna, a aristotélica resulta em uma ontologia ou em uma metafísica do sensível, mais do que em uma ciência positiva.
III. Se a física é a teoria da substância em movimento, faz-se evidente que a explicação desse movimento constituirá sua parte principal. O movimento ou a mudança em geral consiste, precisamente, em passar do estado do ser em potência até o ser em ato (o movimento é o ato de atualização do que é em potência enquanto tal).
IV. Os objetos matemáticos não são entidades reais, porém tampouco são algo irreal. Subsistem potencialmente nas coisas sensíveis e nossa razão separa mediante a abstração. Trata-se de entes de razão que só subsistem em ato em nossas mentes, em virtude precisamente de nossa capacidade de abstração (subsistem como separados só em nossa mente e exclusivamente graças a ela). Em potência, subsistem nas coisas enquanto sua propriedade intrínseca.
V. Aristóteles dividiu a realidade sensível em duas esferas claramente diferenciadas entre si: por um lado, o mundo sublunar e, por outro, o mundo supralunar. O mundo sublunar está caracterizado por um movimento local e, mais exatamente, pelo movimento circular, que jamais permite corrupção. Ao contrário, o mundo celeste se caracteriza por todas as formas de mudança entre as quais predominam a geração e a corrupção.
a) Somente III, IV e V são verdadeiras.
b) Somente I, II e V são verdadeiras.
c) Somente I, IV e V são verdadeiras.
d) Somente II, III e IV são verdadeiras.
e) Somente I, II e III são verdadeiras.

8. Na sistematização do saber, depois das ciências teóricas, aparecem as ciências práticas, que fazem referência à conduta dos homens e ao fim a que se propõem alcançar, seja como indivíduo, seja como membros de uma sociedade política. O estudo da conduta ou da finalidade do homem como indivíduo é o espaço da ética, e o estudo da conduta e da finalidade do ser humano como parte de uma sociedade é o espaço da política. Aristóteles sistematizou ambos de um modo ímpar na história do pensamento humano. Identifique o que diz respeito ao pensar ético de Aristóteles nos itens abaixo.
I. Enquanto para Aristóteles a natureza da ética consiste na imitação do real segundo a dimensão do possível, sua finalidade consiste na purificação das paixões. Aristóteles afirma isto referindo-se explicitamente à moral, "que por meio da piedade e do terror acaba efetuando a purificação de tais paixões".
II. Uma antiga fonte nos apresenta que "Aristóteles clamava repetidamente que os deuses hão concedido aos homens meios fáceis de vida, porém ocultou aos olhos humanos estes meios". Precisamente, Aristóteles se propôs à tarefa de voltar a situar diante dos olhos humanos estes meios fáceis de vida, demonstrando que o homem sempre tem a sua disposição o que necessita para ser feliz, desde que saiba dar-se conta de quais são as exigências reais de sua natureza e da natureza dos deuses.
III. Todas as ações humanas tendem a fins, que constituem bens. O conjunto das ações humanas e o conjunto dos fins particulares aos que tendem estas se acham subordinados a um fim último, que é o bem supremo, que todos os homens coincidem chamar de felicidade.
IV. A ética, segundo Aristóteles, mostra como procede ao pensamento quando pensa, qual é a estrutura do raciocínio, quais são seus elementos, como e quando é possível elaborar demonstrações. A ética aristotélica quer, portanto, proporcionar os instrumentos necessários para enfrentar qualquer tipo de indagação.
V. A ética é uma espécie de metodologia da persuasão, uma arte que analisa e define os procedimentos mediante os quais o homem busca convencer aos demais homens, estabelecendo quais são as estruturas fundamentais.
a) Somente II, III, IV e V são falsas.
b) Somente I, III e IV são falsas.
c) Somente I, II, IV e V são falsas.
d) Somente I, III e V são falsas.
e) Somente I, II, III e IV são falsas.

9. De modo geral os padres, latinos anteriores a Agostinho se sentiram pouco atraídos pela filosofia e, quando se ocuparam dela, não criaram ideias verdadeiramente novas. Os primeiros apologistas tiveram uma formação jurídico-retórica ao passo que, para outros pensadores latinos, prevaleceram os interesses estritamente teológicos e pastorais. Identifique o que há de verdade no que se diz abaixo sobre os pensadores latinos.
I. O primeiro escrito apologético é de Octávio de Minucio Felix, para o qual interessam as coincidências entre os filósofos gregos e o cristianismo. Ele afirma que os filósofos gregos asseveram as mesmas coisas que são cridas pelos cristãos, mas isso não significa que os cristãos tenham seguido os passos dos gregos, mas porque eles se deixaram conduzir por um distante vislumbre que brilhou diante de seus olhos, graças à predicação dos profetas sobre a divindade.
II. Tertuliano afirmou que existe uma semelhança fundamental entre os filósofos e os cristãos: "existe uma semelhança fundamental entre o filósofo e o cristão: ambos são candidatos ao céu, ambos abominam a fama terrena e a venda de palavras, ambos custodiam a verdade." Sendo assim, Tertuliano afirma que tanto em Atenas quanto em Jerusalém se busca a verdade com simplicidade de coração.
III. Tertuliano se mostra partidário da ontologia estoica. Para ele, o ser é corpo (nihil enim, si non corpus, nihil est incorporale, nisi quod non est). Para Tertuliano, Deus é corpo, ainda que sui generis, do mesmo modo que é alma, também é corpo.
IV. A filosofia mosaica de Ambrósio implicou na aquisição de novos conceitos ignorados pelo pensamento grego, começando pela noção de criação que é formulada pela primeira vez de um modo sistemático: Deus cria a matéria do nada e logo imprime nela a forma; para criar o mundo físico, Deus cria previamente o cosmos inteligível (as ideias) como modelo ideal, e este cosmos inteligível não é mais que o Logos de Deus no ato de formar o mundo.
V. O eixo central da filosofia de Cipriano é a noção de Logos, entendida em um triplo sentido: a) princípio criador do mundo; b) princípio de qualquer forma de sabedoria, que inspirou aos profetas e aos filósofos; c) princípio de salvação (Logos Encarnado).
a) Os itens II, IV e V são falsos.
b) Os itens I, III e V são falsos.
c) Os itens I, II e IV são falsos.
d) Os itens II, III e V são falsos.
e) Os itens I, III e IV são falsos.

10. Agostinho é, de longe, o primeiro grande pensador da Filosofia Cristã. A sua tentativa de cristianizar o pensamento platônico nos rendeu obras memoráveis. Identifique qual(is) destas citações são de autoria do Bispo de Hipona.
I. "Em Deus nada tem um significado acidental, porque nEle não há acidentes; não obstante, nem tudo o que dEle se predica, predica-se segundo a substância. Nas coisas criadas e mutáveis, o que não se predica em um sentido substancial não pode ser predicado mais que em sentido acidental... Porém em Deus nada se predica em sentido acidental, porque nEle não há nada de mutável, e não obstante, nem tudo o que se predica, predica-se em um sentido substancial".
II. "Cada coisa, pois, foi criada de acordo com sua própria razão ou ideia. E estas razões ou ideias, onde são encontradas se não é na mente do Criador? Com efeito, Deus não poderia contemplar algo que estivesse fora de si mesmo, com o intuito de tomá-lo como modelo para criar o que criava: seria um sacrilégio só pensá-lo".
III. "A boa natureza não se encontra em um indivíduo, e sim porque este o quer assim, e seria de outra maneira se assim o quisesse: por isso, só se lhes aplicam um justo castigo aos defeitos naturais e não aos voluntários. A natureza se converte em mal, não porque se dirija para coisas más, e sim porque se dirige erroneamente, contra a ordem da vontade, a um ser inferior, afastando-se d?Aquele que é o Supremo".
IV. "Por que, com efeito, a falaz fortuna leva a cabo tão notáveis vicissitudes? Aos inocentes lhes oprime a dura pena causada pelo delito, enquanto perversos desígnios se sentam em um alto trono, e os malfeitores, em um ímpio escambo, pisoteiam a cabeça dos justos. A clara virtude, rodeada por obscuras sombras, jaz oculta, e o justo redime as culpas dos iníquos".
V. "É próprio de um grande coração recorrer em todas as coisas à dialética; porque o recorrer a ela é recorrer à razão; de modo que quem não recorre a ela, estando feito à imagem e semelhança de Deus segundo a razão, menospreza sua dignidade e não pode renovar dia-a-dia a sua imagem e semelhança de Deus".
a) Somente III e IV.
b) Somente I e V.
c) Somente IV e V.
d) Somente I e II.
e) Somente II e III.

11. Tomás de Aquino dá começo à Suma contra os Gentios, fazendo suas as palavras de Hilário de Pointers: "Sei que devo a Deus, como principal dever de minha vida, que todas as minhas palavras e meus sentidos falem dEle." Deus, e não o homem ou o mundo, é o objeto primeiro de suas reflexões. Só no contexto da revelação é possível construir uma correta reflexão sobre o homem e o mundo. Quando se fala da filosofia tomasiana, há que se considerarem alguns elementos que são chaves de leitura da estrutura básica do pensamento deste autor medieval, dentre elas as famosas cinco vias para demonstrar a existência de Deus. Identifique, dentre os itens abaixo, o que não pertence a este núcleo de demonstração tomasiana:
I. "Existem algumas verdades que superam todos os poderes da razão humana, por exemplo, que Deus é uno e trino. Há outras verdades às que se pode chegar através da razão natural, por exemplo, que Deus existe, que Deus é uno, e outras semelhantes".
II. "As criaturas, ao participar no ser de Deus, em parte se assemelham e em parte não. Não há identidade entre Deus e as criaturas, porém tampouco existe uma equivocidade, porque sua imagem se reflete no mundo. Entre Deus e as criaturas existe, pois, semelhança e dessemelhança, ou em outras palavras, uma relação de analogia, no sentido de que o que se predica das criaturas se pode predicar de Deus, porém não do mesmo modo nem com a mesma intensidade".
III. "Efetivamente, é certo e consta em nossos sentidos que neste mundo mudam algumas coisas. Neste sentido, tudo o que muda está movido por outro, porque uma coisa não muda se não é em potência aquilo no que acaba em mudança, e pelo contrário, move (é dizer, provoca uma mudança) na medida em que é ato. (...) É impossível, pois que segundo o mesmo aspecto e do mesmo modo um ente seja origem e sujeito da mudança (movens et motum), ou seja, que se mova a si mesmo. Portanto, tudo o que se move deve ser movido por outro. (...) É preciso, pois um primum movens quod in nullo moveatur, isto é, a existência de um imutável...".
IV. "Na natureza achamos coisas que é possível que sejam e não sejam, porque nos encontramos com que se engendram e se corrompem, e, por conseguinte, tanto lhes é possível ser como não ser. Porém, é impossível que existam sempre, porque o que pode não ser, em algum momento não é. Por isso, se tudo pudesse não ser, em algum momento não haveria existido nada (...). Assim, se em algum momento não houvesse existido nada, seria impossível que uma coisa qualquer houvesse começado a existir e, portanto, tampouco agora existiria nada, o que é impossível. (...) Em consequência, não podemos deixar de admitir a existência de um ente que possua em si mesmo a própria necessidade e que não a receba de nenhum outro, e sim que também cause em outras coisas sua própria necessidade...".
V. "Vemos que as coisas que carecem da consciência, como os corpos naturais, atuam segundo uma finalidade, e isto se faz patente pelo fato de que atuam sempre, ou quase sempre, do mesmo modo, para obter melhores resultados. Portanto, se aprecia com qualidade que alcançam seu propósito não por azar, mas de maneira intencionada. Neste sentido, tudo o que não tem conhecimento não pode mover-se para um fim, a menos que esteja dirigido por algum ente dotado de conhecimento e inteligência, como a flecha está dirigida pelo arqueiro. Por isso, existe um ser inteligente que dirige todas as coisas naturais para seu próprio fim...".
a) Apenas os itens IV e V.
b) Apenas os itens III e IV.
c) Apenas os itens I e II.
d) Apenas os itens II e III.
e) Apenas os itens I e III.

12. A ética é uma das áreas de discussão filosófica, sendo, com a política, a que constitui a chamada Filosofia Prática. Dentre as várias correntes de pensamento da Filosofia há o Ceticismo. Também neste campo de argumentação é possível identificar um discurso ético. Dentre os itens abaixo, o que pode ser visto como pertencente ao modo cético de propor a Ética?
I. "Para o ceticismo as sentenças éticas não são propriamente juízos, ou seja, elas não podem levantar a pretensão à verdade, isto é, uma legitimação racional".
II. "Decisões a respeito de normas se situam propriamente na esfera do irracional. Sentenças verdadeiras são as que exprimem acordo com a realidade: aqui se situa o campo da razão, pois a única fonte de conhecimento são a experiência e a observação, de tal modo que o conhecimento das ciências modernas da natureza é o paradigma de todo e qualquer conhecimento".
III. "O método experimentado e testado nas ciências modernas da natureza deve ser também aplicado à filosofia, de modo especial à ética. Todo o campo do pensamento conceitual é sempre reconduzido à percepção sensível, o que significa dizer que todo o pensamento, em última instância, se reduz à representação sensível e não há conhecimento que ultrapasse o nível da experiência".
IV. "Leva até as últimas consequências a ética hedonista na medida em que para ele a moral só fundamenta o valor ético na satisfação psicológica e de nenhum modo levanta a pretensão de absolutidade e universalidade que este valor expressava na tradição. Mesmo porque não há a liberdade de escolha o que torna impossível falar de ética em sentido estrito".
V. "O que constitui o específico da linguagem ética é a "significação emotiva", uma vez que o uso desta linguagem tem a finalidade de exercer influência sobre o comportamento dos outros através de sugestões. Proferimentos éticos são, portanto, intrumentos de que nos utilizamos para tentar mudar as atitudes dos outros, visto que os fundamentos aduzidos para legitimar estas sentenças não passam de meios de influência psíquica, pois esta linguagem é, essencialmente, instrumento de influência psicológica".
a) Nenhum dos itens acima diz respeito à ética no Ceticismo.
b) Somente 2 dos itens acima dizem respeito à ética no Ceticismo.
c) Somente 3 dos itens acima dizem respeito à ética no Ceticismo.
d) Somente 4 dos itens acima dizem respeito à ética no Ceticismo.
e) Todos os itens acima dizem respeito à ética no Ceticismo.

13. Um modelo de proposta ética, estruturada de um modo mais claro no século passado, sobretudo com Jeremy Bentham e John Stuart Mill, é a chamada ética empirista/utilitarista. Aponte o que diz respeito à estrutura deste pensamento.
I. "Parte-se da ideia de que o ser humano é fundamentalmente um indivíduo portador de necessidades que precisam ser satisfeitas. Neste sentido, ele é um feixe de impulsos, interesses, necessidades, que pressionam na direção de uma satisfação, cuja realização é subjetivamente recebida como prazer e a não-realização como dor".
II. "A experiência ética fundante é a convicção da humanidade de que a ação verdadeiramente reta é aquela onde se busca não só a felicidade do indivíduo, mas a de todos. A moral, então, é a arte de orientar as ações dos homens de tal modo que se possa conseguir a maior soma de felicidade".
III. "A natureza colocou o gênero humano sob o domínio de dois senhores soberanos: a dor e o prazer. Somente a eles compete apontar o que devemos fazer, bem como determinar o que na realidade faremos. Ao trono desses dois senhores está vinculada, por uma parte, a norma que distingue o que é reto do que é errado".
IV. "Afirmar-se-á que uma determinada ação está em conformidade com o princípio de utilidade, ou, para ser mais breve, à utilidade, quando a tendência que ela tem a aumentar a felicidade for maior do que qualquer tendência que tenha a diminuí-la".
V. "Uma ação moralmente correta seria aquela que cause o máximo de prazer, ao maior número de pessoas, pela maior intensidade e duração de tempo; ou que cause o mínimo de dor, ao menor número de pessoas, pela menor intensidade e duração de tempo".
a) Somente I, II e V.
b) Todos os itens.
c) Somente I, III e IV.
d) Nenhum dos itens.
e) Somente I, II e III.

14. "O Pensamento transcendental se entende, antes de tudo, como um confronto com o relativismo e com o caráter contraditório do ceticismo de tal modo que sua pretensão mais profunda é a restauração da razão." Este modelo de pensamento que se iniciou com Immanuel Kant - que imprimiu a chamada reviravolta copernicana do pensar - teve muitos seguidores, e aperfeiçoadores, destacadamente Karl-Otto Apel. Identifique o que pertence exclusivamente à base do modelo ético de pensar deste último.
I. A pretensão de reformular o pensamento anterior a partir da combinação da reviravolta transcendental com a reviravolta linguístico-pragmática do pensar fez surgir a proposta apeliana. Deste modo, abre-se a possibilidade efetiva de uma fundamentação última do princípio-fundamento de tudo, o que não ocorreu com a filosofia anterior.
II. "A posição básica é a afirmação de que qualquer proferimento, mesmo o do relativista e o do cético, sempre pressupõe verdade e enquanto tal se autodestrói, quando nega a verdade explicitamente, como é o caso do cético".
III. "Retoma a velha tarefa da filosofia e a reinterpreta: a filosofia tem a ver com a explicitação do "fundamento" sempre pressuposto e por esta razão ineliminável do pensamento e a ação (...) este fundamento é subjetivo, a estrutura ineliminável da subjetividade finita".
IV. "Através da mediação da linguagem faz-se uma passagem de uma "filosofia da subjetividade", típica do pensamento anterior, para uma "filosofia da intersubjetividade", respondendo a um dos apelos mais fortes do seu tempo".
V. "A razão não pode mais dizer qualquer de sério diante das grandes questões que atormentam a humanidade de hoje. Estamos presos a nossas escolhas, que não podem mais ser fundamentadas. Aliás, nossa própria sensibilidade histórica não nos imuniza contra a tentação do estabelecimento de normas universais?".
a) Somente II e III.
b) Somente I e V.
c) Somente I e IV.
d) Somente II e IV.
e) Somente III e V.

15. "A postura dialética, ou do idealismo objetivo na terminologia de Dilthey, quer entender-se, em primeiro lugar, como uma radicalização do pensamento transcendental na medida em que defende uma recuperação da razão que não seja apenas razão subjetiva, mas também objetiva. (...) Aliás, acredita ser a única posição capaz de dar uma resposta a uma pergunta simples, mas fundamental, feita por qualquer um que reflete: como é possível que o pensamento apriórico, ou seja, o pensamento que opera sem relação ao mundo exterior possa captar a realidade." O modelo ético do chamado Idealismo objetivo se apresenta como uma síntese entre o modelo ético realista e o modelo pragmático-transcendental. Exiba o que é falso dizer sobre este modelo ético ao qual pertence o filósofo Vittorio Hösle.
I. A tese fundamental do idealismo objetivo é que a razão não constitui uma esfera de ser ao lado de outras, mas é a essência de todas as coisas, enquanto fundamento último de todos os seres.
II. O Idealismo objetivo entende a razão como identidade da subjetividade e da objetividade e isto significa dizer que ela é não só o fundamento de todo ser, mas também de toda pretensão de validade, de todas as normas e de todos os valores, de tal modo que o normativo e o ideal transcendem todo o fático.
III. As ações éticas devem poder realizar-se na formalidade. Se os dois mundos são completamente disparatados, não há uma saída pensável. O ser fundamenta o dever-ser, e o dever-ser o ser, pois ambos, ser e dever-ser não são principiados de uma esfera ideal, normativa.
IV. Para Hegel, o Idealismo Objetivo considera a realidade imediata como o real e o verdadeiro e enquanto tal destrói propriamente a especificidade da atividade filosófica que consiste em perguntar pelo que em si e para si é o verdadeiro, reduzindo, assim, a filosofia a uma descrição de como o pensamento acolhe o dado. Elimina, assim, o horizonte específico da filosofia que é o horizonte da validade.
V. Para Hösle, só o idealismo é capaz de nos dar critérios materiais(não apenas formais ou procedurísticos, como, por exemplo, fornece a ética do discurso) para poder distinguir um consenso racional de um consenso irracional, pois aqui se pode pensar uma hierarquia de bens e valores, uma vez que bens e valores são portadores de racionalidade, de tal modo que a hierarquia de valores é a priori e, portanto, não depende de um consenso fático.
a) Apenas as alternativas I e II são falsas.
b) Apenas as alternativas III e IV são falsas.
c) Apenas as alternativas I e V são falsas.
d) Apenas as alternativas II e IV são falsas.
e) Todas as alternativas são falsas.

16. Diferentemente de Aristóteles, que tinha por preocupação buscar conhecer o que o homem encontra, Kant busca tratar da própria "possibilitação" do encontro conforme ele seja mediado pela subjetividade humana. Isto é o cerne da reviravolta copernicana do pensar que apresenta uma nova configuração para a ciência primeira. A proposta kantiana acerca do conhecimento humano não é mais a pergunta pelo ente enquanto ente, mas como tematização da subjetiva humana: buscando as condições de possibilidades de todo o pensar, este é o cerne do pensamento crítico de Immanuel Kant. Analise os itens abaixo e destaque entre eles o que pertence ao Filósofo de Königsberg.
I. "... o espaço e o tempo são apenas formas da intuição sensível, isto é, somente condições da existência das coisas como fenômenos e que, além disso, não possuímos conceitos do entendimento e, portanto, tampouco elementos para o conhecimento das coisas senão quando nos pode ser dada a intuição correspondente a esses conceitos".
II. "Não podemos ter conhecimento de nenhum objeto, enquanto coisa em si, mas tão somente como objeto da intuição sensível (...); de onde deriva, em consequência, a restrição de todo o conhecimento especulativo da razão aos simples objetos da experiência".
III. "Para conhecer um objeto é necessário poder provar a sua possibilidade (seja pelo testemunho da experiência a partir da sua realidade, seja a priori pela razão) Mas posso pensar no que quiser desde que não entre em contradição comigo mesmo, isto é, desde que o meu conceito seja um pensamento possível, embora não possa responder que, no conjunto de todas as possibilidades, a esses conceito corresponda ou não também um objeto."
IV. "Portanto, a primeira e mais importante tarefa da filosofia consistirá em extirpar de uma vez para sempre a busca de conhecimentos que tomem por base qualquer influência nefasta da experiência e da razão pura, agindo dessa forma, ao contrário do que pensa Hume, estaremos estancando a fonte dos erros".
V. "A crítica não se opõe ao procedimento dogmático da razão no seu conhecimento puro, enquanto ciência (pois esta é sempre dogmática, isto é, estritamente demonstrativa, baseando-se em princípios a priori seguros), mas sim ao dogmatismo, quer dizer à presunção de seguir por diante apenas com um conhecimento puro por conceito (...). O dogmatismo é, pois o procedimento dogmático da razão sem uma crítica prévia da sua própria capacidade."
a) Somente os itens II, III e IV são afirmações kantianas.
b) Somente os itens I, II, III e V são afirmações kantianas.
c) Somente os itens I, II, e V são afirmações kantianas.
d) Somente os itens I, III, IV e V são afirmações kantianas.
e) Todos os itens são afirmações kantianas.

17. Apesar da crítica de alguns autores de que Kant não teria fundamentado a suposição de que "há dois troncos do conhecimento humano", ele apresenta a sensibilidade e o entendimento como sendo estes dois troncos que "talvez brotem de uma raiz comum, mas desconhecida a nós". A estas duas faculdades, o filósofo de Königsberg acrescenta, na segunda parte da Analítica Transcendental, a faculdade do juízo. Evidencie o que exista de errado nos itens abaixo que se propõem ser uma sinopse das três faculdades do conhecimento segundo Kant.
I. Enquanto o objeto da sensibilidade é dado por meio da afecção do ânimo, o objeto do entendimento, uma multiplicidade indeterminada da intuição, é pensado, isto é, determinado.
II. Na sensibilidade, a capacidade do ânimo de ser afetado se chama sensibilidade (receptividade). O efeito exercido pelo objeto, a matéria da sensibilidade, se chama sensação. Do lado do entendimento, a capacidade de determinar o objeto, isto é, de produzir representações por si mesmo se chama entendimento, a faculdade dos conceitos.
III. A relação com o objeto mediante a sensação chama-se pura (a priori), ao passo que a relação com o objeto mediante as categorias do entendimento se chama empírica (a posteriori).
IV. O objeto indeterminado (do ponto de vista conceitual) de uma intuição empírica é o fenômeno. O objeto (Gegenstand) como fenômeno determinado pelo entendimento se chama objeto (Objetk).
V. Na faculdade da sensibilidade, as formas puras da intuição são as categorias, ao passo que na faculdade do entendimento, os seus conceitos puros são o espaço e o tempo.
a) Somente III e V são falsas.
b) Somente I e II são falsas.
c) Somente IV e V são falsas.
d) Somente II e IV são falsas.
e) Somente I e III são falsas.

18. Na Crítica da Razão Pura (KrV), Kant busca um método adequado para a metafísica de modo que ela possa trilhar um caminho seguro. Com este propósito, ele acaba por proporcionar à Filosofia o que até hoje conhecemos por Revolução Copernicana do pensar. Com isso, Kant acredita ter salvo a metafísica das garras do racionalismo e do empirismo. Neste contexto, é correto dizer:
I. Para que a metafísica alcance finalmente a dignidade de uma ciência, Kant propõe que ela faça uma revolução em seu modo de pensar, uma revolução que coloque, como no caso da matemática e da ciência natural, o sujeito cognoscente numa relação criadora com o objeto.
II. Na Dialética Transcendental, Kant mostra que, no modo tradicional de pensar o objeto da metafísica, o incondicionado, não pode ser pensado sem contradição. Esta contradição permanece insuperável no novo modo de pensar, posto que as contradições, agora denominadas de antinomias são insuperáveis.
III. Kant pretende, na Crítica da Razão Pura, superar não apenas o racionalismo, o empirismo e o ceticismo, mas também funda, sobretudo, uma nova posição do sujeito em relação à objetividade.
IV. Para a nova teoria kantiana, sobretudo na última parte da Crítica da Razão Pura, consegue-se perceber que Kant obteve êxito em seu intento: provou que o objeto não deve mais regular-se pelo conhecimento, mas sim o conhecimento é que deve se deixar regular pelo objeto.
V. Com a mudança do fundamento da objetividade, a teoria do objeto, a ontologia, passa a depender de uma teoria do sujeito, de modo que não pode mais haver uma ontologia autônoma. O mesmo vale para a teoria do conhecimento.
a) Somente as alternativas II, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras.

19. O motivo predominante da obra de Jean-Jacques Rousseau é o contraste entre o homem natural e o homem artificial. Sobre este pensador é correto afirmar:
I. A divisão entre o teu e o meu dá origem ao estado de sociedade civil.
II. Para Rousseau, pessoas morais são os indivíduos naturais, que, pelo contrato social, criam a vontade geral como corpo moral coletivo ou Estado.
III. A própria vontade do corpo social ou soberano é a vontade geral que é a soma das vontades particulares.
IV. O governo não é o intermediário entre os súditos e o corpo político. Os depositários do poder executivo exercem uma autoridade legítima sobre o povo, afinal, não são empregados do povo.
V. O princípio da vida política repousa na autoridade soberana. O poder legislativo é o coração do Estado; o poder executivo, o cérebro. Não é pelas leis que o Estado subsiste, mas em virtude do poder legislativo.
a) Somente as alternativas II, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras.

20. No pensamento político de Thomas Hobbes e de Jean-Jacques Rousseau, a propriedade privada não é um direito natural, e sim um direito civil, pois assegura por meio das leis a posse e a legitima. Por sua vez, o filósofo inglês John Locke parte da definição do direito natural como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambas. Analise as proposições abaixo.
I. Para Hobbes, o Leviatã ou o soberano pode ser um rei, um grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática. Em verdade, o decisivo não é o número dos governantes nem a forma do regime político, mas a determinação de quem possui a soberania.
II. Para Rousseau, o regime que melhor realizaria as finalidades do contrato social é a democracia participativa ou direta. Ao contrário, para Hobbes, como a soberania pertence àquele a quem o direito natural foi transferido para que assegure paz e segurança, o regime político que lhe parece mais capaz de realizar essa finalidade é a monarquia.
III. A teoria liberal admite que os proprietários privados sejam capazes de estabelecer as regras e as normas da vida econômica ou do mercado e que o fazem agindo numa esfera que não é estatal, e sim social. Nesse sentido, o Estado não tem a função de arbitrar, por meio das leis e da força, os conflitos da sociedade civil.
IV. Existe, segundo Locke, uma lei de natureza que é a razão mesma na medida em que tem por objeto as relações entre os homens e prescreve a reciprocidade perfeita de tais relações. Esta lei de natureza vale para todos os homens enquanto homens (sejam ou não cidadãos).
V. O estado de natureza é, necessariamente, tanto para Hobbes como para Locke, um estado de guerra.
a) Todas as alternativas são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas III, IV e V são verdadeiras.

21. O filósofo Martin Heidegger inaugurou, com sua obra Ser e Tempo (1927), um vocabulário próprio a fim de desenvolver o projeto da analítica existencial, qual, por sua vez, necessitou se libertar da linguagem viciada da filosofia tradicional para realização do seu empreendimento ontológico-fenomenológico. Identifique qual(is) destas citações são de autoria e/ou caracterizam o pensamento de Heidegger.
I. "O ser é sempre o ser de um ente".
II."Um ente só poderá tocar um outro ente simplesmente dado dentro do mundo se, por natureza, tiver o modo do ser-em, se, com sua pre-sença, já se lhe houver sido descoberto um mundo".
III."Mundanidade é um conceito ontológico e significa a estrutura de um momento constitutivo do ser-no-mundo."
IV."O homem se mostra como um ente que é no discurso".
V."O modo de ser da abertura se forma na disposição, compreensão e discurso. O modo de ser cotidiano da abertura se caracteriza pelo falatório, curiosidade e ambiguidade."
a) Apenas a citação IV não é de Heidegger.
b) Somente as citações II e V são de Heidegger.
c) Somente as citações I e III são de Heidegger.
d) Somente a citação IV é de Heidegger.
e) Todas as citações são de Heidegger.

22. "Todos os homens, por natureza, tendem ao saber. Sinal disso é o amor pelas sensações. De fato, eles amam as sensações por si mesmas, independente da sua utilidade e amam, acima de todas, a sensação da visão". In: ARISTÓTELES. Metafísica. Trad. Marcelo Perine. São Paulo: Edições Loyola, 2002, p.4.
Analise as proposições abaixo.
I. Segundo Aristóteles, o mundo que pensamos observar à nossa volta é uma mera ilusão, pois a verdadeira realidade está oculta de nossos sentidos e só pode ser conhecida através da razão.
II. De acordo com Galileu, as cores são dependentes da mente e relativa a quem percebe, ou seja, não é em absoluto uma característica dos objetos externos, ou melhor, existe em nossas mentes.
III. Pelo fato de a extensão constituir a natureza do corpo e o que é extenso poder ser dividido em várias partes, representando com isto um defeito, Descartes conclui que Deus não é um corpo.
IV. Os objetos físicos estão além das ideias. É o que pressupõe Berkeley, afinal um objeto físico tal como uma cadeira não existe apenas na mente de quem observa.
V. É através de entidades mentais chamadas de ideias, que Locke acreditava que experimentamos o mundo físico indiretamente.
a) Todas as alternativas são verdadeiras.
b) Somente as alternativas II, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras.

23. "Não se pode apresentar um único livro, tal como se mostra um Euclides, e dizer: eis a metafísica, aqui encontrareis o fim mais nobre desta ciência, conhecimento de um Ser supremo e de um mundo futuro, demonstrado a partir de princípios da razão pura". In: KANT, Immanuel. Prolegómenos a toda a metafísica futura que queira apresentar-se como ciência. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, p.31.
Analise as proposições abaixo.
I. Segundo David Hume, a natureza funciona regularmente através de conexões necessárias, ou seja, nada ocorre por mera casualidade.
II. Todos os conceitos derivam, em última análise, da experiência. No entender de David Hume, na sua posição empirista, não é possível concebermos coisas que nunca experimentamos, tal como unicórnios.
III. A tese fundamental de Hume é que a relação entre causa e efeito nunca pode ser conhecida a priori, isto é, com o puro raciocínio, mas apenas por experiência.
IV. De acordo com Kant, um corpo é extenso: é uma proposição certa a priori, e não um juízo empírico.
V. De acordo com Kant, há os juízos sintéticos a priori, cuja origem é empírica; mas também há os que são certos a posteriori e provêm do puro entendimento e da razão.
a) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas II, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras.

24. "A metafísica funda uma era, na medida em que, através de uma determinada interpretação do ente e através de uma determinada concepção da verdade, lhe dá o fundamento de sua figura essencial. Este fundamento domina por completo todos os fenômenos que distinguem essa era". In: HEIDEGGER, Martin. Caminhos de floresta. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2002, p.97.
Analise as proposições abaixo.
I. A história da metafísica pode ser dividida em três grandes períodos: período que vai de Platão e Aristóteles (séculos IV e III a.C.) até David Hume (séc. XVIII d.C.); período que vai de Kant (séc. XVIII) até a fenomenologia de Husserl (séc. XX); metafísica ou ontologia contemporânea, a partir dos anos 20 do século XX.
II. A ontologia contemporânea em vez de oferecer uma explicação causal da realidade, é uma descrição das estruturas do mundo e do nosso pensamento, a exemplo das obras de Martin Heidegger (Ser e Tempo) e de Jean-Paul Sartre (O Ser e o Nada).
III. O corta-papel é, por exemplo, simultaneamente, um objeto que é produzido de certa maneira e que, por outro lado, tem uma utilidade definida: seria impossível imaginarmos um homem que produzisse um corta-papel sem saber para que tal objeto fosse servir. Este é um exemplo propriamente sartreano para caracterizar como a essência pode preceder a existência.
IV. O homem, tal como o existencialista o concebe, só não é passível de uma definição porque, de início, não é nada: só posteriormente será alguma coisa e será aquilo que ele fizer de si mesmo.
V. Para os existencialistas, não existe natureza humana, já que não existe um Deus para concebê-la, pois a existência precede a essência.
a) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas II, III, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II, IV e V são verdadeiras.
e) Todas as alternativas são verdadeiras.

25. "Se desejarmos compreender o essencial da Técnica, não devemos partir da técnica da era mecanicista e ainda menos da enganadora noção segundo a qual é finalidade da técnica a concepção de utensílios e máquinas". In: SPENGLER, Oswald. O homem e a técnica. 2.ed. Trad. João Botelho. Lisboa: Guimarães Editores, 1993, p.39.
Analise as proposições abaixo.
I. Para Spengler, a técnica é um fenômeno estritamente humano.
II. Conforme o filósofo Martin Heidegger, a técnica de máquinas até agora é o fenômeno mais visível da essência da técnica moderna, a qual é idêntica à essência da metafísica moderna.
III. Habermas e Marcuse partilham da mesma perspectiva em relação à técnica, pois ambos creem que a superação da técnica está no âmbito do trabalho e das relações de produção.
IV. Para Heidegger, a técnica tradicional e a técnica moderna são formas de desencobrimento.
V. Para Ortega y Gasset, entre a pedra usada pelo homem primitivo e a máquina mais moderna há uma diferença de qualidade, não de grau.
a) Todas as alternativas são verdadeiras.
b) Somente as alternativas II, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II, III e V são verdadeiras.
d) Somente as alternativas II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras.

26. "As determinações lógicas são as determinações universais, leis e movimentos do pensar, e são de dupla natureza, uma enquanto se atribuem ao ente, outra enquanto se imputam ao pensar enquanto tal; contudo, a razão é a consciência de que estas determinações cabem a um dos dois lados". In: HEGEL, Georg. Propedêutica filosófica. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1989, p.107.
Analise as proposições abaixo.
I. Um argumento válido pode ter uma ou mais premissas falsas.
II. Um argumento válido pode ter uma conclusão falsa.
III. Um argumento válido pode ter uma conclusão verdadeira se suas premissas forem falsas.
IV. Um argumento válido pode ter uma conclusão falsa se suas premissas forem verdadeiras.
a) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II e III são verdadeiras.

27. Analise as proposições.
I. Todo A é B ou C
x não é nem B nem C
x é A.
II. Do ponto de vista da quantidade, as proposições se dividem em: universais e particulares.
III. Do ponto de vista da qualidade, as proposições se dividem em: afirmativas e negativas.
IV. Compreensão é o conjunto de propriedades que um termo ou categoria designa.
V. Duas proposições estabelecem relação contraditória quando, por exemplo, tendo o mesmo sujeito e o
mesmo predicado, uma das proposições é universal afirmativa e a outra é universal negativa.
a) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I e II são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I, II e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II e III são verdadeiras.

28. Analise as proposições.
I.Quando a proposição é universal e necessária (seja negativa ou afirmativa), ela declara um juízo apodítico.
II.Eis o exemplo de um argumento por analogia na forma válida:
x é como y
y é A
x é A
III.Eis o exemplo de um argumento por analogia na forma inválida:
x é como y com respeito a (ser ou não ser) A
y é A
x é A
IV.Extensão é o conjunto de objetos designados por um termo ou categoria.
V.O silogismo dialético não comporta argumentações contrárias, pois A = A e não pode ser outra coisa.
a) Somente as alternativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as alternativas I, IV e V são verdadeiras.
c) Somente as alternativas I, II e III são verdadeiras.
d) Somente as alternativas I e IV são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II, III e V são verdadeiras.

29. Uma sentença logicamente equivalente a "Se Vânia é bonita, então Carla é feia" é:
a) Se Vânia não é bonita, então Carla não é feia.
b) Vânia é bonita ou Carla não é feia.
c) Se Carla é feia, Vânia é bonita.
d) Vânia é bonita ou Carla é feia.
e) Se Carla não é feia, então Vânia não é bonita.

30. A negação da afirmação condicional "se Hannah viajar, Heidegger vai viajar" é:
a) Se Hannah estiver viajando, Heidegger não vai viajar.
b) Hannah não está viajando e Heidegger não vai viajar.
c) Hannah está viajando e Heidegger não vai viajar.
d) Se Hannah não viajar, Heidegger vai viajar.
e) Hannah não está viajando e Heidegger vai viajar.

31. Maurício não é magro ou Frigoletto é gordo. José é comunista ou Frigoletto não é gordo. Frigoletto não é gordo ou José não é comunista. Se José não é comunista então Maurício é magro.
a) Maurício não é magro, Frigoletto não é gordo, José é comunista.
b) Maurício é magro, Frigoletto não é gordo, José é comunista.
c) Maurício é magro, Frigoletto não é gordo, José não é comunista.
d) Maurício não é magro, Frigoletto é gordo, José é comunista.
e) Maurício não é magro, Frigoletto é gordo, José não é comunista.

32. Considere o seguinte argumento: "Se Sócrates cala, Crátilo é louvado. Ora, Sócrates não cala. Logo, Crátilo não é louvado". Este não é um argumento logicamente válido, uma vez que:
a) O argumento só é válido se Sócrates não cala.
b) A segunda premissa pode ser falsa, embora a primeira possa ser verdadeira.
c) A primeira premissa pode ser falsa, embora a segunda possa ser verdadeira.
d) A segunda premissa não é decorrência lógica da primeira.
e) A conclusão não é decorrência necessária das premissas.

34. Dizer que "Oscar é artista ou Michael não é arquiteto" é logicamente equivalente a dizer que:
a) Oscar é artista se e somente se Michael não é arquiteto.
b) Se Oscar é artista, então Michael não é arquiteto.
c) Se Oscar não é artista, então Michael é arquiteto.
d) Se Michael não é arquiteto, então Oscar é artista.
e) Oscar não é artista e Michael é arquiteto.

35. Considerando "toda prova de Filosofia é fácil" uma proposição verdadeira, é correto inferir que:
a) "alguma prova de Filosofia não é fácil" é uma proposição verdadeira ou falsa.
b) "alguma prova de Filosofia não é fácil" é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) "alguma prova de Filosofia é fácil" é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) "alguma prova de Filosofia é fácil" é uma proposição necessariamente verdadeira.
e) "nenhuma prova de Filosofia é fácil" é uma proposição necessariamente verdadeira.

GABARITO:
02 - C
03 - C
04 - B
05 - C
06 - B
07 - D
08 - C
09 - A
10 - D
11 - C
12 - E
13 - B
14 - C
15 - B
16 - B
17 - A
18 - C
19 - B
20 - D
21 - E
22 - E
23 - A
24 - E
25 - D
26 - C
27 - A
28 - D
29 - E
30 - C
31 - A
32 - E
34 - D
35 - D
     

 
 
Como referenciar: "Provas - Professor de Filosofia - IFAL - COPEMA - 2013" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2025. Consultado em 03/07/2025 às 16:25. Disponível na Internet em http://www.sofilosofia.com.br/vi_prova.php?id=151